A partir de 2024, todas as empresas do Grupo A poderão migrar para o Mercado Livre de Energia. Isso, na estimativa do Ministério de Minas e Energia (MME), vai abrir a possibilidade para que cerca de 106 mil empreendimentos de todos os tamanhos possam escolher livremente seus fornecedores de recursos energéticos.
Trata-se, portanto, de uma grande oportunidade para as empresas do setor: geradoras, comercializadoras e distribuidoras.
Neste cenário, as companhias do setor energético já começam a se movimentar para prospectar esse novo contingente de potenciais clientes.
Pensando nisso, trazemos, neste artigo:
O Mercado Livre de Energia é, basicamente, um ambiente no qual os consumidores têm autonomia para escolher o fornecedor e, consequentemente, negociar preços e até mesmo fontes de geração. De maneira geral, nessa modalidade há uma maior flexibilidade na gestão da energia, possibilitando a adequação às necessidades específicas de cada cliente.
Nas atuais condições existe uma regra de consumo mínimo, onde apenas o grande consumidor empresarial pode negociar diretamente com o fornecedor de energia. Na prática, indústrias ou comércios cujos empreendimentos estejam ligados em alta ou média tensão e atendam os critérios de consumo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) podem fazer essa negociação.
A Tabela abaixo resume os critérios atuais de migração
Consumidor Livre |
Consumidor Especial |
Consumidor com Comunhão de Cargas |
⚡ |
⚡ |
⚡ |
Tem uma demanda mínima de 1.000 kW. E pode adquirir tanto energia convencional quanto incentivada. |
Tem uma demanda entre 500 kW e 1.000 kW e pode comprar energia apenas de fontes incentivadas. |
Tem, entre várias unidades consumidoras de mesmo CNPJ, um consumo energético de no mínimo 500 kW. |
É importante pontuar que hoje o Mercado Livre de Energia não se aplica aos domicílios, chamados "consumidores cativos". Entenda no quadro a seguir:
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MERCADO CATIVO |
MERCADO LIVRE DE ENERGIA |
Público-alvo |
Residências e pequenos consumidores comerciais e industriais. |
Grandes consumidores, especialmente corporações industriais e varejistas. |
Fornecedores de energia |
Apenas distribuidoras locais devidamente autorizadas pela ANEEL. |
Diferentes provedores e distribuidores, a escolha do cliente. |
Tarifas |
Tarifas reguladas pelo governo ou agência reguladora, com pouca flexibilidade. |
Negociação direta de preços e condições com os fornecedores de energia. |
Contratos |
Contratos geralmente de longo prazo, estabelecidos pela distribuidora. |
Possibilidade de negociar prazos, volumes e modalidades contratuais. |
Variação de preços |
Tarifas que variam ao longo do tempo, conforme normativas da ANEEL. |
Preços que, negociados, podem ser fixos ou variáveis, de acordo com o contrato estabelecido entre as partes. |
Gestão de demanda |
Pouca autonomia por parte do consumidor, cuja única ação mais ativa é reduzir o consumo. |
Possibilidade de adotar medidas para otimizar o consumo e reduzir custos. |
Fontes de Energia |
Dependente das fontes fornecidas pela distribuidora, geralmente convencionais (elétricas). |
Opção de escolher fornecedores que utilizem fontes renováveis ou limpas (eólicas, solares, biomassa, entre outras). |
Incentivos |
Menos oportunidades de obter descontos especiais. |
Possibilidade de acesso a descontos e programas de eficiência energética. |
Regulamentação |
Regulação governamental e, a partir dela, normas específicas da distribuidora. |
Menos intervenção do governo, mais autonomia nas negociações. |
Flexibilidade contratual |
Praticamente inexistente. |
Facilidade para renegociar ou mudar de fornecedor conforme necessário. |
Aqui estão os principais benefícios que os consumidores obtêm ao participar do MLE:
A partir de 2024, o Mercado de Livre Energia terá uma mudança muito grande. Isso porque, em 2022, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou a Portaria Normativa n° 50/GM/MME.
Nessa nova diretriz, todos os consumidores conectados à rede de alta tensão classificados como Grupo A poderão participar das negociações amplas. Ou seja, empresas dos mais variados portes terão um leque maior de opções na hora de definir seus fornecedores de recursos energéticos.
Na prática, cerca de 106 mil novas unidades consumidoras devem migrar para o Mercado Livre de Energia, de acordo com estimativa do MME, e poderão, portanto, negociar diretamente com um gerador ou comercializador e, consequentemente, reduzir os custos com energia.
Basicamente, o critério de consumo mínimo que antes limitava o mercado aos grandes consumidores não será mais exigido. Porém, observa-se que consumidores com carga menor que 500 kW obrigatoriamente devem ser representados por um comercializador varejista perante a CCEE.
EMPREENDIMENTOS QUE FAZEM PARTE DO GRUPO A
São unidades consumidoras de alta tensão (subgrupos A1, A2 e A3), média tensão (subgrupos A3a e A4), e de sistemas subterrâneos (subgrupo AS).
Fonte: Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
Com 2024 às portas, as companhias do setor energético devem começar a prospectar novos clientes desde já. Elas precisam agir rapidamente, identificando e contatando os empreendimentos aptos para migração — antes que a concorrência o faça.
Essa é uma tarefa árdua, inclusive quando se olha para os custos operacionais dessa busca pelos novos clientes. Para se ter uma ideia, os players do setor terão que investir mais de R$ 6,5 bilhões para atrair clientes, conforme estimativa da consultoria Thymos Energia.
É aí que a tecnologia faz toda diferença para as companhias do setor energético cuja maturidade em vendas é elevada. Afinal, elas sabem que é preciso captar, processar e analisar grandes volumes de informações para formatar boas listas de prospecção.
Neste sentido, uma excelente escolha é o sistema de Sales Intelligence fornecido pela Cortex, que entrega aos profissionais de Marketing, Inteligência de Mercado e Vendas:
No caso específico das empresas do setor energético, que a partir de agora estão em busca de aumentar sua carteira de clientes com a abertura do Mercado Livre de Energia, há uma série de recursos que a solução da Cortex oferece com bases específicas com dados do Mercado Livre de Energia e de Geração Distribuída que servem de insumo para criação de estratégias de prospecção mais assertivas e bem informadas.
O Mercado Livre de Energia permite que os consumidores escolham livremente seus fornecedores de energia, negociando preços e condições contratuais de acordo com suas necessidades.
A partir de 2024, cerca de 106 mil novas unidades consumidoras, incluindo pequenas e médias empresas, poderão participar desse ambiente, o que representa uma revolução no setor energético do país.
Essa mudança oferece uma excelente oportunidade para as empresas do setor, pois terão acesso a um contingente maior de potenciais clientes. No entanto, esse movimento também traz desafios, como a necessidade de intensificar a prospecção de clientes e investir em tecnologia e inteligência de dados para uma abordagem eficiente.
Nessa abertura do Mercado Livre de Energia, portanto, a adoção de uma plataforma de Sales Intelligence, como a fornecida pela Cortex, se torna essencial. Isso porque, a partir dela, é possível extrair insights valiosos a partir de vastos volumes de dados, identificar o perfil do cliente ideal, mapear o mercado e fundamentar decisões de prospecção e vendas, garantindo uma abordagem direcionada aos potenciais compradores.
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