Como combater fake news da sua marca: veja 4 exemplos práticos

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Como combater fake news é algo que muitas empresas desejam descobrir. Afinal, embora essa não seja uma prática nova, as notícias falsas ganharam escala pela ascensão das redes sociais e da transformação digital. E isso traz desafios às áreas de Comunicação e Relações Públicas das organizações.

Conforme revelamos no artigo do especialista “Como medir o impacto da notícia na era digital”, atualmente é preciso compreender o fenômeno do user-generated content, em que os conteúdos ganham um novo valor a partir do seu potencial de disseminação nas redes sociais.

Ou seja, hoje, “If it doesn’t spread, it’s dead”. Isso significa que o valor de uma informação jornalística cada vez mais passa a ser dado não apenas pela sua relevância editorial, mas também pela sua capacidade de disseminação nos meios sociais.

E, nesse quesito, as fake news se destacam. Um exemplo dessa afirmativa é o estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT), que revelou um dado alarmante: notícias falsas são 70% mais compartilhadas do que as verdadeiras. 

Aliado a isso, temos a informação de que a principal fonte de notícias falsas são as mídias sociais, que também são a primeira fonte de informações da população de países emergentes (72%), segundo pesquisa realizada pela Microsoft.

Como surgiram as fake news

Engana-se quem pensa que as fake news são fenômenos do século XXI. Em 1835, visando aumentar suas vendas, o jornal The New York Sun publicou notícias falsas usando o nome de um astrônomo real e um colega inventado sobre a descoberta de vida na lua. No mês seguinte, os responsáveis pela publicação admitiram que os artigos eram apenas boatos.

Portanto, a verdade é que as fake news sempre existiram. Porém, foi com o avanço das redes sociais e a velocidade com a qual as informações circulam nesse meio que esse tema ganhou mais relevância. 

Quando se pensa em fake news hoje em dia, ainda é com um viés muito político. Isso vale não só para eleições como para situações como a pandemia, as informações falsas em relação à vacina e aos tratamentos para a COVID-19 foram atreladas a posicionamentos ideológicos e políticos. 

Porém, esses não são os únicos cenários em que boatos tendem a se proliferar. As marcas também precisam pensar em como combater as fake news devido ao potencial que têm de macular a reputação corporativa.

Fake news no mundo corporativo

Podemos destacar alguns exemplos de fake news que circularam sobre algumas marcas e que logo foram desmentidas:

Coca-Cola e Nestlé

Ambas já apareceram como as principais candidatas para receberem a concessão do Aquífero Guarani. Por se tratar de um dos maiores reservatórios de água doce do planeta, tal boato ganhou uma grande proporção, mas foi desmentido por agências de checagem.

Ambev

Depois da viralização de um vídeo de pombos sendo triturados juntamente com cevada, a empresa de bebidas precisou lançar uma campanha integrada para desmentir essa fake news.

 

Por que as fake news precisam entrar no radar das empresas

Como vimos, as fake news tem potencial de prejudicar a reputação de uma empresa. Por esse motivo, são um tópico amplamente debatido entre gestores de relações públicas, segundo dados da Latin American Communication Monitor 2018-2019. O relatório aponta que o tema está no radar de 65,2% desses profissionais.

Afinal, 40,9% das organizações latinoamericanas já foram afetadas por notícias falsas pelo menos uma vez.

Ainda assim, apesar do conhecimento a esse respeito e do debate existente, a gestão e as estratégias de combate às notícias falsas não são introduzidas na rotina diária de profissionais de comunicação.

Fato que comprova isso é que apenas 36,4% os consideram relevantes no dia a dia e apenas 12,3% identificam esse problema como um dos principais da área.

Por outro lado, o Brasil está na frente em relação a conscientização sobre o tema: é o país latinoamericano que mais presta atenção e debate fake news. Além disso, os departamentos de comunicação brasileiros são os que mais trabalham essa questão.

Fonte: Latin American Communication Monitor 2018-2019

O que fazer para evitar fake news

Nenhuma marca quer ter seu nome vinculado a conteúdos falsos. Para evitar que isso aconteça, existem algumas boas práticas que devem ser seguidas pelos profissionais da área.

Uma delas é definir com que fontes a empresa manterá um relacionamento. É importante ter vínculo apenas com veículos de comunicação e influenciadores confiáveis e que passem credibilidade. Ou seja, não tente estar em qualquer mídia. Seja seletivo e pense estrategicamente.

Vale lembrar que não adianta promover a credibilidade da sua empresa pontualmente. É preciso estabelecer um relacionamento contínuo com esses veículos.

Outro exemplo para evitar fake news é se afastar ao máximo dos canais e produtores de conteúdo que promovem notícias sensacionalistas e não pautadas em fatos. É mais fácil se proteger de notícias falsas quando sua imagem não está vinculada, historicamente, a esses veículos.

Além disso, estabeleça um planejamento de reação e prevenção à fake news o quanto antes. Não espere para fazer isso apenas quando for afetado por uma.  

Dentro dessas práticas, existem exemplos mais específicos de ações muito bem-vindas ao lidar com notícias falsas, que veremos a seguir.

Confira 4 exemplos de como combater fakes news:

 

intern - 4 exemplos práticos de como combater fake news da sua marca

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Resumindo…

A transformação digital trouxe inúmeros desafios para os gestores de comunicação. Segundo o Latin American Communication Monitor 2018-2019, as questões estratégicas mais preocupantes e importantes para os próximos três anos se concentram nos desafios da digitalização.

De acordo com a pesquisa, uma das dificuldades desses profissionais é exatamente gerenciar a velocidade e o fluxo de informações (36,2%) e também o uso de big data para comunicação (32,7%).

Esse caminho, entretanto, é inevitável. E as organizações que conseguirem aliar tecnologias com suas estratégias de comunicação e gerenciamento de riscos serão mais assertivas em seus objetivos.

Desse modo, vale reforçar que a demanda pelo constante monitoramento de preservação da imagem e da boa reputação se torna, mais que nunca, imperativa, a exemplo das fake news e a possibilidade de mapeamento e resposta rápida.



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