A gestão de redes sociais se consolidou como uma atividade estratégica na Comunicação Corporativa. Afinal, os brasileiros ocupam o segundo lugar global em tempo online diário. Por aqui, passamos em média 9 horas e 13 minutos navegando, de acordo com o DataReportal.
Apesar de sua importância, a realidade é que, para muitas empresas, isso ainda é um desafio. Isso porque é preciso gerir canais que estão em constante transformação — as big techs são grandes impulsoras da transformação digital.
Neste movimento, profissionais de Comunicação, Marketing e Relações Públicas (RP) precisam acompanhar e até se antecipar às tendências. Sob o risco de verem as marcas que representam perdendo relevância e influencia perante um público sempre em busca de novidades.
A pergunta que não quer calar: como fazer gestão de redes sociais com maestria? E é sobre ela que vamos te ajudar a refletir ao longo deste artigo.
Continue lendo para ver:
Há duas décadas, as redes sociais eram um ponto de encontro digital para pessoas com ideias semelhantes. Ali surgiam LiveJournal, MySpace e Friendster como plataformas com certa popularidade entre o grande público até então acostumado a ser apenas expectador.
Foi somente com o lançamento do Facebook em 2004 que as mídias sociais, tais como as conhecemos hoje, decolaram.
De repente, praticamente toda a sociedade conectada passou a ter perfis nas redes sociais. E a publicação de conteúdos pessoais passou a fazer parte do cotidiano de milhões de pessoas ao redor do globo.
Depois vieram o Twitter, Pinterest, Instagram e, mais recentemente o TikTok que redefiniu os paradigmas.
O LinkedIn precedeu a fundação do Facebook, mas sua proposta é ligeiramente diferente: promover a socialização profissional, com foco em networking.
À medida que essas plataformas se tornaram mais integradas nas rotinas de pessoas de todas as camadas da sociedade, as empresas e marcas não puderam ignorá-las. Elas se tornaram canais de alta importância para o diálogo com stakeholders.
Ao contrário dos canais de Comunicação e Marketing anteriores, as redes são totalmente públicas e multidirecionais. Por isso, os profissionais de Comunicação, RP e Marketing precisam explorá-las de maneira estratégica.
Eles passaram a fazer gestão de redes sociais. Ou seja, mais que publicar conteúdos, monitoram e interagem com os públicos para promover relacionamentos e construir fidelidade à marca.
A verdade é que muitas coisas mudaram na gestão de redes sociais desde que tudo começou. Os algoritmos mudaram, a frequência de interação mudou, e alguns problemas surgiram. Por exemplo, nasceram as bolhas de informação, as crises de imagem passaram a ser mais frequentes, entre outros desafios.
→ Leia também:
Veja, a seguir, alguns princípios básicos que jamais podem ser deixados de lado ao se fazer gestão de redes sociais.
Tudo começa por um planejamento completo para a administração de redes sociais. E o framework é o mesmo de todo e qualquer plano: definição de objetivos e metas a serem alcançados, métricas e indicadores de desempenho que serão mensurados, e assim por diante.
Você quer aumentar o reconhecimento da marca? Melhorar o engajamento do cliente? Impulsionar vendas? O que mais precisa obter com as mídias online?
A depender da resposta, as abordagens serão distintas. E elas precisam ser documentadas, delineadas e executadas na medida certa.
Em seguida, reserve um tempo para revisar o que você sabe sobre os públicos com quem vai dialogar.
Vá além dos dados demográficos básicos; entenda os interesses, os comportamentos e o que move as pessoas para quem toda a gestão de redes sociais será voltada.
Use ferramentas tecnológicas de análise de redes sociais para obter insights valiosos sobre quem segue (ou deverá seguir) os perfis da sua empresa; e por quê.
Dados os passos anteriores, é hora de planejar, produzir e publicar o conteúdo.
Neste ponto, evite ignorar o que já está consolidado: cada postagem precisa ser relevante, envolvente e, acima de tudo, valiosa para seu público.
Além disso, certifique-se de manter a consistência na qualidade e na mensagem, garantindo que cada publicação contribua para a imagem geral da marca.
Você também precisa garantir que seu público se envolva com o que sua empresa posta nas redes. Isso vai muito além de responder a comentários ou mensagens.
É preciso participar de conversas, criar conteúdo que incentive a interação e mostrar que há pessoas reais por trás da marca.
Faça sessões de perguntas e respostas, use enquetes para coletar opiniões ou até mesmo destacar conteúdo criado pelos usuários.
Lembre-se: o engajamento consistente e coerente (de ambas as partes) constrói comunidades e transforma seguidores casuais em defensores da marca.
Paralelamente, analise continuamente o desempenho nas redes.
Só assim será possível fazer adaptações ou correções de rota em tempo hábil, aproveitando os feedbacks e também as inferências obtidas nos dados.
Para tal, use os dashboards das próprias redes, mas também soluções que consolidam globalmente as informações de todo o pool de perfis da empresa.
Use os insights obtidos para refinar continuamente as abordagens, testar novas ideias e adaptar sua estratégia às mudanças nas preferências do público. Além disso, para estar à altura das tendências das redes sociais, cujos algoritmos estão em constante movimento.
É inegável que as redes sociais têm forte influencia na forma como a opinião pública vê, celebra ou critica a imagem de uma marca.
Os consumidores, por exemplo, agora tomam decisões com base na reputação online das companhias. Especialmente na forma como elas dialogam nas redes, tanto quanto em em sites de avaliação de negócios.
Para se ter uma ideia, 79% das pessoas afirmam que o conteúdo gerado pelos usuários nas redes sociais tem um impacto significativo em suas decisões de compra. É o que afirma um estudo da Stackla.
Isso significa que, em vez de confiar apenas na publicidade tradicional ou no conteúdo promocional, as pessoas consideram muito o que seus pares dizem sobre uma marca nas mídias sociais.
E durante uma crise de imagem?
Nestes casos, mais de 47% das pessoas dizem preferir receber esclarecimentos nos perfis sociais das empresas envolvidas em alguma polêmica, conforme um estudo feito nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Em suma, com a opinião pública movendo-se em ritmo constante via plataformas de socialização online, o legado reputacional das companhias está sempre em jogo. Essa é uma das mais fortes razões para se investir em gestão de redes sociais.
#1. 62% dos profissionais de RP já utilizam ferramentas de monitoramento de mídias sociais (Determ)
Diferentemente do que ocorria no passado, o monitoramento de mídias tradicionais não é mais suficiente para ter um retrato preciso da reputação empresarial.
Com a transformação digital, acompanhar o que a imprensa e os influenciadores falam sobre sua marca nas redes sociais se tornou fundamental, especialmente para evitar crises de imagem.
Afinal, quanto maior a demora para detectar uma crítica nas redes, maior a possibilidade de ela ter sido compartilhada entre milhares de usuários.
E o pior: sem que a área de comunicação sequer tenha preparado um posicionamento oficial. Sendo assim, em minutos, o que era apenas uma crítica de um veículo ou influenciador pode virar uma crise.
Por isso, cada vez mais as áreas de Comunicação entendem o monitoramento de mídias em tempo real e integrado como uma atividade imprescindível para gerir reputação.
Dessa forma, conseguem fazer um acompanhamento eficiente de sua exposição em canais online e offline, gerando retornos efetivos para o negócio.
#2. 83% dos profissionais de Marketing afirmam ter dificuldades para dimensionar o retorno sobre o investimento (ROI) em mídias sociais (Gitnux)
Como a maioria das marcas sabe que é importante estar presente nas redes, investem em campanhas pagas, produzem conteúdo, entre outras estratégias. O problema está em mensurar os resultados gerados por cada uma dessas ações.
Muitas vezes essa dificuldade existe pela falta de objetivos claros em relação à presença nas redes sociais. Ou porque estes objetivos não estão alinhados às metas do negócio.
Assim, é imprescindível que os profissionais responsáveis pela gestão de redes sociais entendam quais são os indicadores de comunicação que realmente importam para analisar a efetividade de suas estratégias.
Por exemplo, se o objetivo é aumentar o número de geração de leads, uma forma de mensurar resultados é fazer o trackeamento dos links postados nas redes. Dessa forma é possível monitorar o quanto de tráfego e conversões foi gerado para o site da empresa a partir das publicações.
#3. 72% das pessoas querem que as empresas sejam divertidas nas redes sociais (Sprout Social).
Os principais casos de sucesso de marcas nas redes sociais comprovam que construir uma personalidade é fundamental. Um exemplo clássico é a Lu da Magalu, uma personagem criada pela empresa que se tornou uma verdadeira influenciadora digital.
Essa estratégia facilita a conexão com o público jovem dessas plataformas, que valoriza uma abordagem mais leve e personalizada.
Por isso, cada vez mais empresas têm lançado mão de recursos como:
E engana-se quem pensa que essas ações só se aplicam às marcas B2C. Muitas organizações B2B já se atentaram à importância de imprimir personalidade às suas postagens nas redes sociais. E estão utilizando essa premissa para a fazer a gestão de redes sociais.
Em suma, o importante é entender como construir esse branding para atingir seu público-alvo de maneira eficaz e relevante.
#4. 57% dos internautas brasileiros usam as redes sociais para pesquisar novas marcas e produtos (Global Web Index).
Se antigamente o consumidor conhecia novas marcas em shoppings ou centros comerciais, agora ele o faz por meio das redes sociais.
Afinal, a era digital viabilizou novos modelos de negócio, e hoje há um significativo número de empresas que existem apenas no Instagram, Facebook e afins.
Portanto, ao fazer a gestão de redes sociais da sua marca, é importante considerar que o seu perfil está disputando a atenção do público não apenas com competidores tradicionais e conhecidos. Ao lado deles estão também empresas que, muitas vezes, sequer foram mapeadas como concorrentes.
#5. 56% dos usuários consideram que a principal razão para deixar de seguir uma marca é o atendimento ruim nas redes (The Sprout Social Index).
O dado acima confirma que, para uma gestão de redes sociais eficiente, é fundamental compreender o usuário que interage com seu conteúdo como um cliente ou potencial comprador da marca.
Isso significa que reduzir seu trabalho apenas à postagem não basta. É preciso responder comentários e dar encaminhamento a eventuais reclamações com a maior velocidade possível.
Afinal, muitas vezes o público interage com uma marca na internet justamente buscando rapidez e comodidade no atendimento de suas demandas.
#6. 63% das pessoas têm nos apps de mensagens instantâneas seus principais canais de compartilhamento de informação (Hootsuite).
O crescimento do chamado Dark Social é uma realidade. Em resumo, o termo se refere às redes sociais privadas, como e-mail, aplicativos de mensagens instantâneas, entre outros.
Afinal, como o dado da Hootsuite revela, hoje esses canais são mais utilizados para compartilhamento de informação do que plataformas tradicionais como Instagram, Facebook e Twitter.
Que implicações isso traz para o trabalho de quem faz a gestão de redes sociais? Uma delas, certamente, passa pela necessidade de pensar em conteúdos de qualidade que estimulem o compartilhamento do seu público-alvo.
#7. 49% dos consumidores confiam nas recomendações de influenciadores nas mídias sociais (Meltwater).
Quem faz gestão de redes sociais sabe o quão relevante o termo influenciador se tornou nos últimos anos. Afinal, a parceria entre marcas e personalidades da internet se revelou uma estratégia de sucesso.
Contudo, para atingir seu público nas redes sociais por meio de influenciadores, é primordial saber quem são aqueles que realmente impactam a sua marca.
Até porque de nada adianta desenvolver uma ação com uma personalidade se ela não influencia seu público-alvo.
Assim, monitorar os perfis que promovem sua empresa e estabelecer um relacionamento com os influenciadores certos é o caminho mais seguro para obter resultados realmente relevantes.
#8. 71% das companhias mais bem-sucedidas planejam aumentar seu orçamento em marketing de influenciadores em 2024 (Influencer MarketingHub).
#9. 66% das pequenas empresas utilizam as redes sociais unicamente para fins de Marketing (Socialmediaexaminer).
#10. 75% dos profissionais de marketing relatam que suas campanhas publicitárias nas redes sociais geraram um ROI lucrativo (Review42).
#11. 43% dos consumidores que responderam uma pesquisa global disseram ter descoberto novas marcas ou produtos através das redes sociais (Business2Community).
#12. O LinkedIn gera cerca de 80% dos leads de mídia social B2B (Kinsta).
→ Leia também:
#13. 78% dos vendedores que usam mídias sociais superam seus colegas que não o fazem (Optinmonster)
Hoje é impensável para qualquer empresa ter uma estratégia de comunicação na era dos dados que não envolva a presença nas redes sociais. Afinal, são nessas plataformas que os usuários da internet despendem a maior parte do seu tempo online.
Dessa forma, a gestão de redes sociais, para ser eficiente, deve considerar aspectos como:
Nesse contexto, uma ferramenta que propicie o monitoramento de dados e indicadores relevantes em tempo real, como a da Cortex, é fundamental para otimizar a competitividade, lucratividade e velocidade do seu negócio.
Como está a gestão de redes sociais da sua empresa?
A Cortex é a empresa número 1 em soluções de inteligência para crescimento. Caso queira saber como analisar sua reputação e dos concorrentes em todas as mídias online e offline com monitoramento integrado em tempo real, conheça nossa solução de Comunicação Estratégica e Reputação.
Ou, se preferir, não perca tempo: agende uma conversa com a equipe de especialistas Cortex e traga sua estratégia de comunicação para a era dos dados.