Quando Mark Zuckerberg anunciou seus planos para introduzir o Metaverso ao mundo das redes sociais, ele disparou toda uma discussão global ao redor do tema. No geral, especialistas e pessoas comuns começaram a se perguntar o que é isso e como se dará essa realidade.
Mas será mesmo que Metaverso é um conceito novo? Como vai funcionar esse ambiente online imersivo? Como ele vai afetar a relação das marcas com os usuários deste novo mundo?
Sobre tudo isso vamos conversar ao longo deste artigo. Continue lendo para entender!
Em outubro de 2021, Mark Zuckerberg anunciou que estava mudando para Meta o nome corporativo do grupo formado por Facebook, Instagram, WhatsApp, Onavo, Oculus VR e Beat Games.
No comunicado, o executivo sinalizou, de forma clara, a ideia de que o pool de negócios virtuais estava caminhando para o Metaverso — que, aliás, chegaria em um futuro muito próximo.
A partir daquele momento, um número gigante de mortais ao redor do mundo passou a se perguntar o que é o Metaverso, suscitando muita discussão nas redes sociais e também na mídia tradicional.
Afinal, o que Zuckerberg afirma merece atenção, pois ele é um dos grandes nomes da economia virtual, ao lado de figurões como Bill Gates, Jeff Bezos, Sergey Brin e o lendário Steve Jobs.
Pouco a pouco, as pessoas passaram a se familiarizar com o termo. Muitas descobriram, por exemplo, que algumas plataformas de videogames contêm elementos muito semelhantes aos propostos por esse conceito.
A palavra Metaverso foi cunhada pela primeira vez no romance de ficção científica Snow Crash, escrito por Neal Stephenson em 1992. Ela remete a um espaço virtual 3D online envolto em realidade aumentada, que conecta usuários em todos os aspectos de suas vidas — “a próxima fronteira, assim como as redes sociais eram quando começamos”, nas palavras do fundador do Facebook.
Na prática, os usuários do Metaverso deverão interagir com avatares que se assemelham a como os humanos socializam, usando uma versão virtual de si mesmos. Eles poderão dialogar de maneira parecida às plataformas de mídia social atuais, só que com uma experiência muito mais imersiva e realista, especialmente por utilizarem óculos de realidade aumentada, entre outros dispositivos.
A promessa, basicamente, é de que o novo universo virtual do Metaverso vai fornecer oportunidades de interação mais realistas, alterando substancialmente a maneira como as pessoas se divertem, jogam e trabalham online.
Dentro disso, é correto afirmar que um usuário poderá fazer uma reunião de realidade mista com um headset Oculus VR em seu escritório virtual, terminar o trabalho e relaxar com um jogo baseado em Blockchain e, em seguida, gerenciar seu portfólio de criptomoedas. Tudo dentro do Metaverso.
Uma pausa para uma reflexão crítica: todos sabemos que o rápido crescimento das redes sociais trouxe alguns efeitos negativos. Logo, é prudente pensarmos o Metaverso sob essa perspectiva, perguntando-nos se as coisas vão melhorar ou piorar na internet se esse “novo mundo virtual” nascer.
Os especialistas mais céticos apontam suas críticas para o fato de que as mídias sociais trouxeram pressão social e levaram a comparação entre os usuários a um patamar problemático.
“Os participantes se sentem deprimidos depois de passar muito tempo no Facebook porque se sentem mal quando se comparam com os outros”, afirma um estudo publicado no Journal of Social and Clinical Psychology. O mesmo acontece com postagens de selfies, bem como a capacidade de editar fotos: esses comportamentos e recursos afetam a autoestima da maioria dos usuários do Instagram, conforme pesquisa da University of South Australia.
Da mesma forma, episódios de cyberbullying, assédio sexual e outros tipos de golpes também se prolifereram com a popularizacao das redes. E as interrogativas em torno de um aprofundamento na imersão emocional prometida pelo Metaverso são, de fato, sérias.
Muito se discute sobre a viabilidade do Metaverso, especialmente nos modos como está sendo proposto. E isso ainda será assunto por muito tempo.
O que não é exagero dizer é que o Metaverso é um mundo ambicioso, dado o fato de exigir hardwares adicionais e internet de altíssima qualidade — o que vai enfrentar dificuldades em mercados sensíveis a preços, como o Brasil.
Além disso, é importante ter em mente que a “nova fronteira” apontada por Zuckerberg tem muito a ver com monetização. Ou seja, com a criação de novos formatos de anúncios para as empresas que investem nas redes sociais para dialogar com seus públicos de interesse.
Seja como for, se o Metaverso se concretizar, veremos conteúdos imersivos sendo produzidos, tanto pelos usuários comuns e influenciadores digitais em seus feeds, quanto por anunciantes.
E, neste sentido, algumas iniciativas já demonstram a aptidão das marcas para essa nova tendência. Por exemplo, a Adidas já implantou a Realidade Aumentada para permitir que os compradores experimentem sapatos virtualmente; e a Ikea também explora esse recurso para que seus potenciais clientes visualizem móveis em suas próprias casas.
Para o mundo corporativo esta é a beleza incipiente do Metaverso: marcas tendo a possibilidade de construir mundos digitais completos e imersivos. Em outras palavras, um antes e depois em termos de Comunicação, Marketing e Relações Públicas deve se concretizar, o que poderá surtir excelentes resultados para empresas que melhor explorarem todas as possibilidades.
Em suma, ainda é cedo para se afirmar com toda certeza que o Metaverso é o futuro das redes sociais. O mais sensato, neste momento, é acompanhar o desenrolar dessa tendência com a mente bem aberta!
Como vimos, a promessa é de que o Metaverso será um ambiente de realidade virtual e mista, no qual as pessoas poderão interagir com o mundo e entre si. Elas farão isso de uma maneira muito mais imersiva do que fazem hoje navegando pelo Facebook, Instagram, Twitter, entre outras redes.
Isso porque passaram a usar dispositivos especiais como óculos e headfones dotados de Inteligência Artificial e, com isso, poderão “entrar” nos ambientes e não ser meras espectadoras de um feed como são hoje.
Além disso, há toda uma discussão sobre possibilidades, dilemas éticos, possíveis problemas sociais que essa tendência prometida poderá disparar ao redor do mundo. Especialmente porque as mídias sociais, tais como se apresentam hoje, já representam desafios diversos.
Seja como for, aos profissionais de Marketing, Comunicação e Relações Públicas, em todas as empresas e setores, cabe acompanhar o desenrolar do Metaverso, sempre atentos a como explorá-lo em favor das marcas que representam.
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