Mais atual do que nunca, o conceito de nova economia foi registrado pela primeira vez em 1983 no artigo “The New Economy”, publicado na revista americana Time. Nele, o jornalista Charles P. Alexander afirma que a nova economia é marcada por mudanças rápidas e contrastes acentuados, e tem como líderes empresas de tecnologia que impulsionam a inovação.
Nos dias de hoje, a onipresença da tecnologia em diversas áreas de atuação tem produzido transformações profundas no mercado de trabalho, o que traz para os profissionais o desafio de adaptação ao novo contexto laboral trazido pelo momento de intensa transformação digital. Uma pesquisa realizada pela McKinsey em 2021 com quase 20 mil pessoas em 15 países, mostrou que a demanda por habilidades tecnológicas, sociais, emocionais e cognitivas deve crescer nos próximos anos.
Essa, porém, já é uma realidade. Com crescimento acelerado e na vanguarda tecnológica, as empresas da nova economia estimulam seus colaboradores a desenvolverem competências que ainda são escassas no mercado. Diferente do que se vê em negócios tradicionais, a nova economia se apoia em uma gestão ágil, com hierarquia horizontal, para criar soluções escaláveis, como é o caso de marcas como iFood, Creditas, Loggi e Flash.
Esses modelos de negócios trazem em seus ecossistemas mudanças radicais na forma como gerenciam seus times, posicionam-se e entregam seus produtos ou serviços. Por isso, tendem a criar uma cultura que propicia o aprimoramento de novas habilidades aos seus colaboradores.
Utilizando a tecnologia como um acelerador de resultados, as empresas da nova economia entendem que a solução, seja um produto ou serviço, precisa estar em constante evolução. Desta maneira, é preciso que os colaboradores desenvolvam flexibilidade e estejam abertos a traçar uma mudança de rota. Isso porque é da natureza destes negócios passar por transformações constantes, que forçam a criação de um senso de urgência e tomada de decisão rápida para aproveitamento das melhores oportunidades.
Neste modelo de negócio, é comum vermos os colaboradores formando squads para uma atuação em equipes multidisciplinares e desenvolvendo diferentes habilidades, como criatividade e liderança. Tomando a Cortex como exemplo, uma das habilidades que mais se destaca em nosso ambiente de trabalho é a resolução de problemas complexos. Como somos uma empresa de crescimento acelerado e com foco em inovação, temos desafios que demandam dos nossos colaboradores agilidade e pensamento crítico para chegar a soluções que sejam escaláveis e que contribuam com as metas de crescimento da empresa.
Do ponto de vista cultural, a gestão horizontal, com decisões sendo tomadas por todos em conjunto e não apenas pelas lideranças, faz com que a hierarquia tradicional fique em segundo plano, já que a ideia é que não haja relações de poder. Isso faz com que os colaboradores consigam participar ativamente dos projetos, tendo mais responsabilidade sobre as demandas, aumentando o engajamento e a motivação.
A abordagem de tentativa e erro, comum nesse tipo de organização, também é muito positiva para os colaboradores. Essa cultura favorece a criatividade, o pensamento analítico e a inovação, além de levar à maior velocidade e eficiência de processos e elevar a capacidade de melhoria de produtos e serviços.
Trabalhar em uma empresa da nova economia é estar constantemente rodeado por desafios. Por isso, estar em um espaço que estimula que as pessoas não tenham medo de errar, é um grande facilitador para que possamos pensar de forma inovadora. Diferente de muitas empresas tradicionais, na nova economia, é possível criar um ambiente de segurança em que assumir riscos, de forma calculada e inteligente, é algo a ser estimulado e não reprimido.
Rodrigo Luz Martins é VP de Engenharia da Cortex, líder em Big Data e IA para Marketing e Vendas na América Latina. Possui formação em Engenharia pela Universidade do Sul de Santa Catarina. Com mais de 10 anos de atuação no mercado, teve passagens por empresas como Huawei Technologies, TIM e Oi.