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Para além da mensuração dos resultados de obtenção de mídia espontânea, o clipping é uma ferramenta de monitoramento. Ele facilita a detecção de detrações, boatos e notícias falsas, especialmente quando realizado por meio de uma solução tecnológica de última geração.
Sobre tudo isso queremos te ajudar a refletir ao longo deste artigo. A seguir, você vai ver:
e muito mais.
Confira!
Em toda a América Latina, o Brasil é o país no qual os profissionais de Comunicação e Relações Públicas mais se preocupam com as fake news. Mais precisamente, 48,6% deles veem o tema como uma questão preocupante — acima da média da região, de apenas 33%, segundo a Latin American Communication Monitor 2018-2019.
É possível inferir que isso acontece por conta do grande tráfego de informações e interatividade dos brasileiros nas mídias sociais. Afinal, cerca de 98% dos usuários da internet em nosso país têm perfil nas redes e a média de uso semanal é de 53 horas, aponta a Comscore.
Devido ao caráter imediatista das redes a rapidez com que notícias total ou parcialmente incorretas surgem e são difundidas é imensa. Elas são 70% mais compartilhadas do que as verdadeiras, de acordo com um estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
Além disso, há as bolhas de informação que, muitas vezes, são o berço de conteúdos deliberadamente enganosos. Elas reúnem pessoas em busca de reafirmar sua visão de mundo e, portanto, estão mais suscetíveis a evitar os contrapontos tão necessários para a checagem dos fatos.
Além disso, as bolhas são usadas por líderes de opinião que se aproveitam da inocência midiática das pessoas para difundir ideias infundadas. O que, em muitas ocasiões, acaba respingando em marcas e gestores empresariais — usados como "bodes expiatórios" ou tendo seus deslizes expostos de maneira desproporcional.
Em resumo, os profissionais que se ocupam da reputação corporativa devem ficar atentos à crescente desinformação online. Do contrário, podem ver todo o trabalho realizado em décadas cair por terra com linchamentos virtuais e "cancelamentos".
Estamos na era dos dados, um tempo no qual a difusão de ideias, notícias e opiniões acontece em altíssima velocidade. Conforme citamos anteriormente, quase 100% dos brasileiros estão conectados em alguma rede social, fazendo com que a mediação tradicional (feita por profissionais da imprensa) praticamente não exista.
Toda essa conectividade, logicamente, é permeada por desinformação ou, deliberadamente, influenciada pelas fake news. Você já deve ter recebido alguma informação suspeita repassada por alguém no Whatsapp, por exemplo, certo?
Especialmente nesses tempos em que crises de imagem se tornam globais em questões de minutos, a velocidade de reação é indispensável para as estratégias das marcas.
E é aí que entra o papel do clipping: monitorar e acompanhar as notícias sobre a sua organização, e também sobre seus concorrentes para impedir a disseminação de fake news que impactem a reputação da companhia.
No método antigo, empresas recebiam um relatório que olhava para o passado, e não trazia a repercussão nas diferentes mídias de forma integrada.
Além disso, os resultados retratados nele eram meramente quantitativos, o que dificultava uma análise mais aprofundada das menções à marca, além de não contextualizar com a realidade do mercado, por exemplo.
Com o clipping interativo, o trabalho de monitoramento se modernizou. Ele passou a fornecer análises qualitativas das menções, melhorando significativamente o dimensionamento da reputação da marca.
Além disso, muito mais que cobrir apenas notícias, o novo clipping monitora clientes, concorrência e produtos, nas mídias online e offline. Consequentemente, assume uma função muito mais tática, que dá suporte a tomadas de decisão — embasadas em todos esses dados monitorados.
Em suma, estamos falando de um processo de clipagem bem mais ágil e contextual. Ele permite um aprofundamento maior no monitoramento e eleva a capacidade analítica, o que torna Comunicação e RP bem mais contributivas para o negócio.
→ Entenda mais sobre o clipping de notícias e sobre o clipping interativo.
Quando se trata de lidar com o fenômeno das fake news, mas também com a complexidade mercadológica de maneira geral, alguns erros devem ser evitados no processo de clipagem. Confira quais são eles!
Uma mesma matéria pode repercutir de maneira positiva ou negativa. Ignorar a parte negativa, clipando apenas conteúdos favoráveis à marca é um dos principais erros na construção do clipping.
Isso porque notícias e comentários detratores também são importantes para uma real percepção de reputação e da imagem da empresa.
O foco somente no ganho de espaço de mídia, visualizando o quanto a marca economizou comparativamente aos valores publicitários, já não faz mais sentido. Agora é preciso avaliar resultados qualitativos.
De uma maneira geral, é preciso saber se as menções são:
Do contrário, fica impossível entender os impactos reputacionais de cada citação; deixando até escapar o início de boatos que podem se converter em fake news difíceis de serem desmentidas.
É indispensável acompanhar todo o material divulgado a respeito não apenas da marca, mas também da concorrência e de todo o mercado de atuação da companhia.
Por exemplo: geralmente as empresas divulgam relatórios de seus resultados ao longo do ano. É importante que este conteúdo seja clipado, tanto o referente à sua empresa, quanto dos concorrentes.
Desta forma, é possível analisar aspectos importantes da concorrência, que podem contribuir para uma atuação mais estratégica da sua companhia.
As bolhas de informação se formam em comunidades nas redes sociais e em aplicativos de mensagens (WhatsApp, entre outros), bem como nos fóruns de discussão em outros espaços virtuais.
Não monitorá-las pode deixar a marca a mercê de agentes detratores, que coordenam as conversas em torno de temas que podem gerar crises reputacionais. Por exemplo, em grupos de ativismo que tratam de temas sensíveis ao mercado no qual a empresa está inserida.
Como vimos, qualquer informação errada, seja intencionalmente ou não, pode ganhar uma repercussão inesperada e gerar crise.
Algumas dicas para identificar fake news são:
O clipping é um trabalho de monitoramento de notícias que ganhou um novo valor na era dos dados. As áreas de Comunicação e RP mais modernas vêem o clipping como uma ferramenta de gestão de risco.
Além de se antecipar a potenciais crises, acompanham a repercussão nas mídias para identificar eventuais fake news a respeito da marca.
Em síntese, trata-se de uma ferramenta imprescindível para o desenvolvimento de estratégias e tomadas de decisões.
Algumas premissas importantes:
Que tal, você já havia pensado no processo de clipagem de notícias como ferramenta de combate às fake news?