A convergência midiática é a conexão da mídia de massa com a tecnologia digital em constante evolução atualmente. Ela é resultado dos avanços técnicos, industriais, culturais e sociais e impacta significativamente a forma como as organizações se comunicam com seus stakeholders.
Empresas que consideram a estratégia comunicacional vital para suas ambições mercadológicas precisam lidar ativamente com esse fenômeno. Dessa forma, não são atropeladas pelas transformações e podem até detectar oportunidades para favorecer seu capital reputacional.
Neste artigo, além de entender esse conceito em profundidade, você vai entender seu impacto para a Comunicação e ter dicas de como usá-lo em seu negócio.
Acompanhe!
Em 2006, o norte-americano Henry Jenkins definiu convergência midiática como o fluxo de conteúdo em várias plataformas, colaboração da indústria com meios de comunicação e atividades de migração de mídia.
Para o autor, isso acontece devido ao surgimento da tecnologia digital e das novas mídias advindas dela, ao mesmo tempo em que ocorrem profundas mudanças socioculturais ao redor do mundo.
Tal fenômeno começou há muitos anos mas é percebido com maior clareza em nossos dias, especialmente com a ascensão da internet. Ela é o fio condutor do modo como as mídias circulam em nossa cultura, com velocidade e poder de reter atenção como nunca antes na história.
Em suma, a convergência midiática pode ser facilmente percebida pela presença de conteúdos multimídia, que combinam imagens, sons, textos e áudios em diferentes dispositivos, inclusive incorporando interação.
Por que isso importa em termos de Comunicação Corporativa? Por vários motivos, tais como:
Agora, nem tudo se resume aos desafios. As organizações que lidam de maneira consciente e estratégica com a convergência midiática tendem a obter uma série de vantagens.
Confira, a seguir, como adaptar o seu negócio a essa realidade para extrair dele bons resultados em Comunicação!
Com mais mídias produzindo conteúdo e sendo acessadas pelos stakeholders, é inteligente da parte da Comunicação monitorá-las ativamente. Ou seja, acompanhar sistematicamente os meios de comunicação tradicionais e novos em busca de menções à marca.
Dessa forma, por meio da clipagem automatizada, por exemplo, é possível antever potenciais crises, identificar temas e tendências que movem o público de interesse, entre outras vantagens.
Lidar com a convergência midiática também requer provimento de mais recursos tecnológicos ao departamento de Comunicação.
Para isso, recomenda-se realizar um levantamento minucioso das necessidades em termos de ferramentas, serviços e capacitações para automatizar atividades operacionais e estratégicas da área.
Por exemplo, com os objetivos bem definidos, implementar um software de medição de ações e monitoramento de mídias vai elevar a gestão de Comunicação a um patamar mais sofisticado.
Em suma, a ideia é ganhar automatização para reduzir a perda de tempo em trabalhos manuais e amparar tomadas de decisão mais inteligentes.
Além de adotar mais tecnologia, é interessante trabalhar para reconfigurar o mindset da equipe de Comunicação, tornando-o mais “data driven”.
Ou seja: os profissionais da área precisam ser treinados para extrair valor de grandes volumes de informações internas e externas — obter inferências úteis, insights. Eles devem chegar ao que chamamos de inteligência de dados. E isso não acontece de maneira automática; requer investimentos em educação.
Com a inteligência de dados refinada, os analistas podem, entre outras coisas, praticar Data Storytelling, método que consiste em reunir, processar e analisar os dados (internos e externos) para contar histórias direcionadas a públicos específicos. Ou seja, transformá-los em informações e, a partir disso, formatar narrativas.
Por fim, mas não menos importante, é preciso ter em mente que com a convergência midiática as crises de imagem vão acontecer mais cedo ou mais tarde.
Elas estão cada vez mais frequentes — o número de reportagens com polêmicas sobre empresas aumentou 80% nos últimos dez anos, segundo a McKinsey.
Logo, melhor se saem as organizações cujos times de Comunicação têm estratégias bem definidas para lidar com reclamações, detrações, fake news etc. Do contrário, estarão sempre sujeitas a lidar com crises já instaladas, o que faz com que os desgastes se sobreponham e, em longo prazo, prejudiquem a sustentabilidade do negócio.
Até pouco tempo era possível pensar nas mídias de maneira separada: rádio, TV, impressos em geral, cada qual tinha suas particularidades bem definidas. Hoje, tudo está interligado, permeável e caminhando paralelamente por meio da internet e seus inúmeros recursos.
Há ganhos imensos nessa nova realidade, mas também desafios sociais a serem superados. E isso impacta decisivamente no uso que as empresas fazem dos canais digitais, como elas são percebidas por seus stakeholders e também como suas imagens são tratadas pela mídia (profissional ou não).
É preciso agir proativamente; e o primeiro passo é conhecer as características e consequências desse fenômeno. Do contrário, muito provavelmente serão mantidas estratégias de diálogo que não condizem mais com o consumo informacional dos públicos de interesse, entre outros problemas.
Em suma, os profissionais de Comunicação, Marketing e Relações Públicas precisam assumir o manejo consciente e estratégico da convergência midiática. Sob o risco de verem seus esforços sendo gradativamente minados.
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