As eleições 2022 estão chegando e já protagonizam o debate coletivo, cada dia mais polarizado e permeado de polêmicas. O que deve ser um sinal de alerta para as organizações que entendem o valor da reputação — ela corresponde a até 80% do valor de mercado de uma empresa, segundo pesquisadores da Universidade de Oxford.
Ao mesmo tempo, essa efervescência da opinião pública pode representar oportunidade para elevar o posicionamento das marcas. Sobretudo aquelas que conseguem mapear as chamadas bolhas ideológicas — que se fortalecem em períodos como esse — e captar como estão sendo citadas, inclusive pelos próprios candidatos.
Quer entender mais sobre o tema? Ao longo deste texto, nós te mostraremos:
Assim como em boa parte do mundo democrático, o Brasil vive um momento de polarização política. Isso, em síntese, quer dizer que a intensidade emocional em torno de variados temas caros à sociedade faz com que falar, mesmo de forma comedida, provoque respostas antagônicas.
Os debates sobre questões sociais são cada vez mais inevitáveis, especialmente porque as plataformas de mídia social estimulam que as pessoas tornem públicas as suas opiniões.
Em geral, os temas mais polarizadores para a população brasileira vão do papel do Estado na economia aos direitos da população LGBTI+, passando pela autonomia sexual e reprodutiva das mulheres, de acordo com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).
No entanto, a depender da bolha ideológica, outras temáticas polêmicas ganham relevância.
Como as eleições 2022 estão chegando, a polarização fica ainda mais visível com “dois lados” disputando hegemonia discursiva. E isso tanto nos círculos da política partidária (governantes, legisladores, candidatos e correligionários) quanto na sociedade em geral.
Esse movimento merece a atenção das empresas. Isso porque se até pouco tempo elas pareciam distantes da política, agora são frequentemente enredadas em polêmicas nas quais nem sempre estão diretamente envolvidas — mal-entendidos, boatos, detrações intencionais, fake news etc.
Tudo indica que silenciar não é mais uma opção segura para as organizações; especialmente aquelas cujas marcas têm bastante destaque perante o grande público. Da mesma forma, falar demais — ou de menos — também é parte do dilema.
O melhor caminho é, portanto, fazer gestão da reputação considerando as bolhas ideológicas infladas pela polarização. Ou seja, antever potenciais crises, mapear as tendências da opinião pública, traçar táticas de contenção de danos e, principalmente, fortalecer o posicionamento da marca para mantê-la o mais longe possível de polêmicas.
Durante o período que antecede as eleições 2022, e em qualquer outro momento, o melhor caminho a ser tomado é a gestão reputacional baseada nos pilares estratégicos da marca.
Isso significa que os valores organizacionais serão considerados na hora de analisar como a empresa vai dialogar com cada público. Eles também devem ser os balizadores da decisão sobre como se posicionar diante de determinadas pautas.
Ao mesmo tempo, é fundamental acompanhar de perto as tendências do debate político bem como da cobertura midiática. Além, é claro, de monitorar líderes e influenciadores de opinião e políticos que tratam dos temas que envolvem o mercado em que a organização está inserida e as menções diretas a ela nas redes sociais.
Essa iniciativa estratégica é fundamental para que os comunicadores corporativos não sejam pegos de surpresa, precisando apagar incêndios em plena crise. Isso considerando que a rapidez com que debates são levantados e a amplitude de alcance dos temas polarizadores dificultam tudo.
Você reparou que citamos as bolhas ideológicas várias vezes até aqui? Pois bem, chegou a hora de falarmos sobre o papel delas na polarização visível neste período que antecede as eleições de 2022.
Também chamadas de bolhas de informação, elas são ambientes virtuais que reúnem indivíduos em comunidades com entendimentos e ideias compartilhados, sem muito espaço para visões divergentes.
Basicamente, as pessoas passam a emitir e receber opiniões sobre aquilo que elas acreditam ou simpatizam, fechando-se para o contraditório — em termos de crenças, preferências político-partidárias, valores morais e assim por diante.
Às empresas interessa saber que as bolhas ideológicas são o berço da maioria das polêmicas que levam marcas a serem “canceladas” online — hostilizadas, boicotadas, expostas negativamente. Isso acontece justamente porque os internautas encontram eco em suas reivindicações — justas ou não — ao expressá-las para quem concorda 100% com elas.
Além disso, ao ter suas ideias reafirmadas, as pessoas dentro de uma bolha tendem a manter o debate “quente” por muito mais tempo. Dessa forma, se uma companhia é hostilizada por um erro cometido ou um mal entendido, ainda que faça a devida correção e se desculpe, seguirá sendo assunto até que outro alvo seja localizado.
Neste período que antecede as eleições mais polarizadas da história, as bolhas ideológicas surgem tanto orgânica quanto artificialmente. Elas são fruto tanto da própria necessidade dos eleitores de se juntarem a seus pares quanto da manipulação de atores políticos interessados em tornar o debate pouco racional.
Neste último caso, as equipes de marketing dos candidatos, entendendo os anseios de representatividade dos eleitores, usam a movimentação das bolhas para inflar paixões. Fazem isso em grupos de WhatsApp, canais do YouTube, perfis de redes sociais — com frequência cruzando a linha tênue da ética.
→ Em muitos casos, empresas são usadas como “iscas” para a promoção de ideologias — temas sensíveis a elas são evidenciados para promover antagonismo e gerar engajamento, fazendo determinados políticos se sobressaírem no ir e vir da indignação do público.
Diante dessa realidade, cabe aos comunicadores corporativos mapear as bolhas ideológicas. Tanto para entender como elas podem afetar a reputação da empresa quanto para encontrar oportunidades de ampliar o diálogo, criar ações de prevenção de riscos de crise de imagem e fazer melhorias no posicionamento da marca.
E isso só pode ser feito com ajuda da tecnologia: um bom sistema de gestão de comunicação estratégica e reputação, que automatize os processos de identificação e acompanhamento de menções à marca e aos temas que lhe são caros.
Idealmente, a aplicação deve oferecer:
Quanto ao manejo estratégico das bolhas ideológicas, algumas iniciativas da Comunicação que podem ajudar são:
As bolhas ideológicas serão ainda mais relevantes para a Comunicação das empresas neste ano de eleição, principalmente devido ao cenário polarizado que já estamos enfrentando.
Mapeá-las é uma excelente forma de entender como os temas relevantes para a marca estão sendo falados em diversos âmbitos políticos, inclusive pelos próprios candidatos.
Sem fazer isso, há sérios riscos de os comunicadores corporativos perderem o controle de como a imagem de suas empresas é tratada em ambientes fortemente inclinados para a polêmica.
Sua empresa está preparada para lidar com o frenesi da opinião pública durante as eleições 2022?
Sobre a Cortex
A Cortex é a empresa número 1 em soluções de inteligência para crescimento. Caso queira saber como analisar sua reputação e dos concorrentes em todas as mídias online e offline com monitoramento integrado em tempo real, conheça nossa solução de Comunicação Estratégica e Reputação.
Ou, se preferir, não perca tempo: agende uma conversa com a equipe de especialistas Cortex e traga sua estratégia de comunicação para a era dos dados.