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Para acompanhar seus consumidores e sair à frente dos concorrentes, as áreas de inteligência de negócios das maiores empresas estão sempre em evolução. Uma das mudanças recentes mais impactantes é a adoção da cultura ágil.
Cerca de 67% das empresas que utilizam o agile em seus projetos o fazem há menos de 5 anos, segundo o relatório State of Agile 2019.
Alguns dados revelam por que essa transformação está ocorrendo. Em uma pesquisa feita pela Forbes, 92% dos executivos seniors afirmaram considerar a agilidade na organização um fator crítico para o sucesso de seus negócios.
Atualmente, 37% dos profissionais de marketing, por exemplo, afirmam utilizar o método ágil, segundo levantamento da AgileSherpas. Quando questionados sobre os três maiores benefícios que identificaram a partir desse modelo, indicaram:
MVP, lean startup, ciclos curtos, Scrum, Kanban, aprendizagem validada… Você já deve ter tido contato com um ou mais desses conceitos, certo? São todos métodos e termos que integram a chamada cultura ágil.
O método ágil, ou “agile”, surgiu em 2001, num manifesto assinado por programadores e especialistas da indústria de software. Sua principal premissa é o foco em entregas rápidas, orientadas aos valores mais urgentes da empresa.
Nos primeiros anos, o agile foi amplamente utilizado pelas empresas de tecnologia e startups.
Essas empresas foram crescendo e conquistando fatias relevantes do mercado, muitas vezes deixando marcas renomadas para trás.
Isso levou grandes companhias – até mesmo de segmentos mais tradicionais – a se interessar pelos métodos adotados pelas startups, entre eles o agile.
Além disso, cada vez mais as empresas precisam ter velocidade para reagir às mudanças e volatilidade de seus segmentos, como explicou J.J. Sutherland, coautor do livro Scrum, em entrevista à Você S/A.
“Hoje, as empresas precisam ser capazes de reagir rapidamente a eventos e oportunidades, mas as velhas formas de trabalhar são simplesmente lentas demais para possibilitar isso. Aqueles que continuam fazendo as coisas do mesmo jeito são dinossauros em vias de extinção, mas muitos nem sequer perceberam isso” – J.J. Sutherland.
Como vimos, grandes empresas e suas respectivas áreas de inteligência de negócios começaram a adotar a cultura ágil em busca dos benefícios que ela é capaz de prover.
Abaixo, vamos detalhar alguns de seus princípios e explicar por que eles auxiliam na geração de análises de mercado mais assertivas e valiosas para a inteligência de negócios.
Quando se trabalha com métodos tradicionais de gestão, planejar é um fator-chave para o sucesso de um projeto. É a etapa que, muitas vezes, mais demanda tempo e esforço das equipes.
Na cultura ágil esse processo é diferente. Embora o planejamento também seja indispensável, o mais importante é priorizar as necessidades mais urgentes. Da mesma forma, testar soluções e ter capacidade de reagir rapidamente aos imprevistos, feedbacks e mudanças.
Em outras palavras, os planos são necessários, mas estão focados no primeiro valor a ser entregue e sob constante revisão.
Por outro lado, a velocidade de adaptação a fatores e riscos não previstos passa a ser o fator determinante para o sucesso dos projetos.
Isso significa que as equipes se concentram em realizar atividades que vão resultar em uma entrega de valor no curto prazo.
Ou seja, deixam de gastar energia com com planejamentos amplos, considerando escopos completos (e muitas vezes complexos) de projetos.
Assim, os times de inteligência de negócios não se dedicam a tarefas que ficariam em “estoque”. E convergem para as entregas que, de fato, vão gerar resultados imediatos.
Vejamos um exemplo prático. Em vez de perder tempo com planejamentos detalhados de grandes bases de dado centralizadas, os profissionais que trabalham dentro da cultura ágil irão dedicar seus esforços para realizar análises de mercado diretamente nas áreas de negócio.
Assim, geram valor onde o crescimento efetivamente é conquistado.
Originada na metodologia Lean Startup, a aprendizagem validada diz respeito a transformar, rapidamente, ideias em testes que possam ser validados junto aos clientes.
Na prática, o aprendizado validado é feito por meio do Minimum Product Viable (MVP), ou mínimo produto viável.
Com o MVP, a empresa reduz consideravelmente o risco de fazer grandes investimentos para conceber um produto e, quando este chegar ao mercado, descobrir que não há demanda para ele.
Isso porque ela já vai ter feito vários experimentos junto ao público para testar a efetividade do valor entregue.
O site do livro Lean Startup resume esse conceito da seguinte forma:
“Quando você se concentra em descobrir a coisa certa para construir – a coisa que os clientes querem e vão pagar – você não precisa passar meses esperando por um lançamento da versão beta do produto para mudar a direção da empresa. Em vez disso, os empreendedores podem adaptar seus planos incrementalmente, polegada a polegada, minuto a minuto”.
Assim, com esse método, os profissionais de inteligência de negócios passam a trabalhar com feedbacks contínuos das áreas atendidas.
Além disso, se tornam mais flexíveis para a experimentação, e rápidos para entregar um valor que impacte no crescimento do negócio.
Antes restrito às startups e empresas de tecnologia, a cultura ágil se expandiu. Agora, companhias de setores tradicionais também estão adotando o agile.
O grande objetivo é ter uma gestão mais flexível que permita terem mais velocidade de entrega e de resposta às mudanças, tanto do consumidor quanto da concorrência.
Quando aplicado nas áreas de inteligência de negócios, o método ágil pode trazer resultados como uma maior rapidez na entrega de análises e insights de valor.
Os times que trabalham com esse método tendem a compartilhar de um ambiente mais colaborativo, com trocas constantes de feedbacks.
Além disso, o tempo de desenvolvimento dos projetos é encurtado. Isso porque eles são realizados a partir de MVPs, com ciclos curtos de melhoria contínua.
Dessa forma, os profissionais das áreas de inteligência de negócios transformam, rapidamente, suas ideias em entregas concretas para testá-las junto a seus clientes.
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