Profissionais de Comunicação e Relações Públicas em algum momento se perguntam quando usar clipadoras, clipping manual ou ferramenta de inteligência em comunicação. Isso porque precisam medir o alcance de mídia e são cobrados a dimensionar resultados quantitativos e qualitativos.
Na base dessa questão está o entendimento de que agora é preciso ir além da centimetragem. Afinal, estamos lidando com mídia convergente, público pulverizado e debates coletivos que podem interferir verticalmente na reputação corporativa.
Pensando nisso, resolvemos trazer uma reflexão aprofundada sobre o tema. Neste artigo, você vai ver:
Acompanhe!
Tradicionalmente, o clipping é um relatório no qual estão contidas as evidências de que uma marca ou pessoa foi explicitamente mencionada na mídia. Ele contém prints de textos e imagens e também links para vídeos ou áudios veiculados em TV e rádio, por exemplo.
Até alguns anos atrás, o clipping era o principal balizador dos resultados obtidos com mídia espontânea. Logo, era usado por assessores de imprensa e clipadoras para demonstrar o valor de suas atividades.
Nos últimos tempos, contudo, a clipagem tradicional passou a não mais dar conta da complexidade midiática. Afinal, é preciso ir além da mídia tradicional — incluir o monitoramento das redes sociais — e também analisar menções indiretas, monitorar a concorrência, entre outros aspectos.
Entenda, nos tópicos que seguem, quais fatores influenciam para que o clipping tradicional deixe de ser importante.
Vivemos uma nova realidade na qual a mídia em convergência produz e publica conteúdos de maneira ininterrupta. Além disso, a própria sociedade se tornou produtora de conteúdo midiático, sobretudo nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens rápidas.
Ou seja, a mediação ganhou contornos bem menos rígidos do que acontecia antes do boom digital, fazendo surgir fenômenos como o das bolhas de informação. Elas, basicamente, são ambientes virtuais que reúnem grandes grupos que reforçam visões de mundo e não abrem espaço para o contraditório. O que, muitas vezes, facilita o crescimento da desinformação — que pode respingar na reputação das empresas.
As organizações que já entenderam as profundas transformações da era digital esperam que seus comunicadores tenham capacidade para definir e executar planejamentos altamente estratégicos.
Elas demandam que eles consigam mensurar resultados quantitativos e qualitativos, superando a ideia de que é suficiente contar apenas com o relatório de centimetragem de espaço conquistado na mídia.
No detalhe, esses profissionais devem dimensionar continuamente a performance reputacional das marcas para as quais trabalham. Fazer isso com métricas e indicadores de desempenho bem definidos e acompanhados em tempo real — não dá mais para esperar o clipping que mostra as menções à marca ocorridas ontem.
Agora, as limitações da clipagem podem até atrapalhar o desempenho de Comunicação e RP de uma empresa. Por exemplo, por focar apenas nas citações explícitas, não alcançando contextualização nem fornecendo parâmetros comparativos.
No ir e vir da opinião pública, cabe a Comunicação e RP identificar e monitorar as temáticas que tendem a entrar no debate coletivo para, a partir disso:
Em resumo, agora é preciso fazer um monitoramento de mídia altamente contextual, ágil e amparado por dados. Ter uma atuação mais "onisciente", uma vez que a produção midiática é ininterrupta e conduzida por um número cada vez maior de agentes.
Essa nova realidade tem levado muitos gestores e profissionais das áreas de Comunicação e RP a questionarem o papel das clipadoras.
A saber, elas são empresas especializadas no rastreio de veículos de mídia jornalística. Normalmente contratadas pelas empresas para buscar ativamente as menções à marca do cliente, que pode ser pessoa ou uma empresa.
O trabalho em si consiste no monitoramento de TV, rádio e internet. Seja de maneira manual ou com a ajuda de ferramentas tecnológicas.
Outro ponto importante: as clipadoras normalmente se detêm às menções explícitas. Elas mostram taxativamente quando a marca ou personalidade é mencionada, deixando de lado, muitas vezes, as inferências, ou citações indiretas.
A boa notícia é que ao investir em inteligência de comunicação, as empresas com maturidade nessa área conseguem vencer os limites do clipping tradicional. Também não precisam mais depender da contratação de clipadoras.
Esse tipo de solução tecnológica, baseada em Ciência de Dados, Big Data e Analytics, eleva significativamente o poder de análise dos profissionais. Fazendo com que eles, de fato, consigam ter uma atuação mais propositiva — com a agilidade e a eficiência tão necessárias aos negócios atualmente.
Em síntese, uma boa plataforma de inteligência comunicativa proporciona recursos para:
Ao escolher entre clipadoras, clipping manual ou ferramenta de inteligência de comunicação, é preciso levar em conta a maturidade da empresa em Comunicação. Afinal, quanto maior o grau de sofisticação estratégica, mais profundas, contextuais e racionais devem ser as análises dessa área.
No quadro a seguir, você vai ver quais são os diferentes níveis existentes e qual ferramenta é mais indicada para cada um deles. A partir disso, tente localizar o seu negócio e verificar qual é a sua melhor escolha.
Grau de maturidade em Comunicação |
Abordagem de clipagem indicada |
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1. Iniciante |
Comunicação e RP não são consideradas estratégicas.
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Clipping manual, que pode ser feito via buscas no Google. |
2. Inteligente |
Há propósitos um pouco mais claros para Comunicação e RP.
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Contratação de uma clipadora, uma vez que é preciso detectar um número maior de menções e não há a exigência de análise de inferências e monitoramento da concorrência. |
3. Otimizada |
Comunicação e Relações Públicas são tidas como fundamentais para o negócio.
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Solução de inteligência de comunicação, pois há o entendimento de que monitorar mídias está dentro de uma estratégia de Gestão de Reputação. |
4. Excelente |
Comunicação e RP como centro de informações estratégicas para todos os departamentos.
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Solução de inteligência de comunicação, pois há uma estratégia de Gestão de Reputação em linha com a responsabilidade de contribuir ativamente no desenvolvimento e na sustentabilidade do negócio. |
Para as empresas que já entenderam a importância de tornar seus departamentos de Comunicação e RP mais estratégicos, o clipping tradicional se tornou obsoleto. Ele já não dá mais conta das necessidades analíticas desses departamentos, que agora devem alcançar e dimensionar resultados com mais agilidade e precisão.
Para elas, também não faz mais sentido contratar clipadoras. Afinal, o que essas empresas entregam são relatórios pouco contextualizados, muito focados nas menções explícitas à marca.
O melhor caminho é investir em uma boa plataforma de inteligência de comunicação para uma atuação ainda mais estratégica, 100% amparada em dados confiáveis. Eles ganham agilidade e a certeza de que a medição de resultados é realista e contextual.
Logicamente, há ainda organizações que não alcançaram um alto grau de maturidade nessas áreas e, portanto, podem se contentar com o clipping manual. Contudo, é importante que elas saibam que estão perdendo a oportunidade de elevar a competitividade em um mercado no qual a Comunicação é definidora do sucesso.
Na sua empresa, qual é a abordagem utilizada atualmente? Clipadoras, clipping manual ou ferramenta de inteligência em comunicação?
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