3 formas de a comunicação corporativa resolver esses desafios dos bancos na era digital

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Tempo de leitura: 5 minutos

Você vai ler sobre:

  • O crescimento das fintechs e das tecnologias digitais no setor financeiro
  • Os maiores desafios da comunicação corporativa dos bancos
  • Como a comunicação corporativa, em especial o RP, pode se transformar para impactar os resultados do negócio.

Você sabia que em um ano o número de fintechs no Brasil cresceu 34%? Hoje já estão inseridos em nosso mercado 742 desses players, de acordo com Fintech Mining Report 2020, da Distrito. No ano passado, eram 553.

Com a chegada dessas empresas de base tecnológica e a evolução acelerada de tecnologias digitais, o mercado financeiro fica cada vez mais competitivo. Embora muitas fintechs possam ser aliadas, o fato é que esse cenário trouxe para os bancos o desafio de se modernizarem para não perder mercado.

Porém, uma situação pode ter mais de dois lados. Assim, em resposta à chegada desses players os bancos também passaram a investir pesado na transformação digital.

Houve aumento de 48% em investimentos em tecnologia, puxados tanto por software, como por hardware. Já o orçamento para isso cresceu 24%. O levantamento é da Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2020, comparando 2019 com 2018.

Continue lendo para entender como a comunicação empresarial pode ganhar protagonismo neste complexo cenário.

Desafios de comunicação dos bancos na era digital

Se o mercado está mais acirrado e os investimentos em tecnologia cresceram, há espaço para os departamentos de comunicação avançarem ainda mais na era dos dados.

Esse é um caminho fundamental para superar o grande desafio dos bancos na era digital, detalhado pela superintendente de marketing do Itaú Unibanco, Juliana Cury, em entrevista ao Meio e Mensagem:

“O maior desafio para os bancos na era digital está no melhor dos pontos dos grandes bancos: seu tamanho, seu resultado e a complexidade do portfólio de produtos. É preciso ter uma quantidade mais proativa, que ofereça produtos que façam sentido na jornada das pessoas, individualizar mais a comunicação. Ao mesmo tempo, instrumentalizar tecnologicamente será uma tacada certeira porque as pessoas estão predispostas a se relacionar”.

Os bancos já segmentam os clientes pelo comportamento. Mas por que restringir esse conhecimento e prática às áreas de inteligência de mercado? Cada vez mais um bom trabalho de comunicação está ligado a entender as tendências de consumo.

E não só a área de marketing tem a ganhar com isso. A área de relações públicas também pode se beneficiar. Porém, é necessária uma virada de mindset.

Mais do que fazer a gestão da exposição e reputação da marca, o RP precisa impactar diretamente o negócio e a tomada de decisões estratégicas.

Abaixo, apresentamos a você três formas de fazer isso:

Cruze dados de exposição com dados de desempenho do negócio

Já pensou em transformar o departamento de RP do seu banco em uma área de inteligência competitiva? Já imaginou cruzar dados de exposição na mídia com dados de desempenho do negócio?

A princípio, pode parecer complicado, mas não é. Tecnologias como Big Data e ciência de dados já permitem que profissionais não técnicos consigam trabalhar com essas informações de forma muito mais simples e inteligente.

Ou seja, analisar em conjunto o seu clipping e o monitoramento de mídias com informações estratégicas do banco, como a taxa de downloads do app ou de abertura de contas.

Vejamos um exemplo hipotético:

As operações de contratação de seguros realizadas por meio dos canais digitais cresceram 253% em 2019, de acordo com a  Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2020. Porém, quando você analisa esse indicador na sua instituição, percebe que está muito abaixo do mercado.

Logo, você enxerga uma oportunidade de ampliar o trabalho de RP neste tema, de modo a expandir seu share of voice e indicar que o banco também oferece essa opção para seus clientes. Uma excelente oportunidade de impactar diretamente os resultados do negócios, não é?

E se você ainda tem dúvidas se a comunicação com a imprensa traria resultados nesta situação, observe esta informação: revistas impressas e TV são considerados os veículos mais confiáveis, de acordo com estudo da MindMiners.

Utilize rastros digitais para tomar decisões de conteúdo

Outra forma de trazer mais relevância para a comunicação corporativa – e talvez a forma inicial de evoluir nesse processo – é ser data driven. Isso significa, por exemplo, utilizar rastros digitais do seu público para tomar decisões de conteúdo.

Em outras palavras, trata-se de acompanhar os rastros digitais para entender o comportamento do consumidor e planejar ações de comunicação.

Este estudo da Cortex com a FleishmanHillard sobre como a pandemia do coronavírus está moldando os consumidores globais apresenta os seguintes dados sobre o mercado brasileiro:

  • 51% de crescimento no acesso de sites que ensinam a poupar dinheiro;
  • 33,5% é a representação de posts sobre educação financeira nas mídias sociais;
  • 5% de queda no acesso aos sites de investimento;

Logo, a tendência do consumidor de serviços financeiros é a de poupar dinheiro. As pautas trabalhadas pela instituição bancária devem, portanto, apresentar seus serviços de poupança ou educação financeira. Não adianta falar de investimento se não é o que as pessoas estão dispostas a comprar agora.

Entenda o comportamento do consumidor para impulsionar um novo comportamento

Outra forma para solucionar o desafio dos bancos na era digital é usar a tecnologia para acompanhar de perto o comportamento do consumidor, de modo a influenciar essas mudanças de hábitos.

Percebeu uma tendência de alta em uma área não muito estratégica para sua instituição? Identificando a tempo, porque não trabalhar a sua comunicação para mostrar benefícios de outra forma de consumo mais aderente ao propósito e estratégias da companhia?

Mais uma vez, a área de comunicação passa a atuar também como um departamento de inteligência competitiva e impacta os resultados diretamente.

Resumindo

Os bancos têm desafios relevantes na era digital. E a comunicação corporativa tem papel central na solução dos mesmos.

Nesse sentido, o banco que deseja se modernizar contará com tecnologias como Big data, ciência de dados, Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), blockchain, entre outras, em todas as suas frentes.  Sem, contudo, esquecer o fator humano, que precisa desenvolver cada vez mais habilidades analíticas e empatia com os clientes.

Para as áreas de comunicação, as oportunidades de impactar diretamente no negócio são claras e viáveis. Em resumo, as três grandes estratégias são:

  • Cruzar dados de exposição na mídia com dados internos de negócios da empresa, transformando-se em uma área também de inteligência competitiva;
  • Utilizar rastros digitais para aumentar seu share of voice em temas estratégicos para a companhia, a partir de dados de tendências de consumo;
  • Antecipar mudanças no comportamento do consumidor e trabalhar para influenciá-las de acordo com o propósito e objetivos da instituição.

Se quiser um exemplo real dessa mudança de mindset, pode conferir o caso de sucesso abaixo, do Banco S.A. (nome fictício por questões de compliance).

A área de comunicação da empresa se transformou em uma consultora de negócios para a companhia e, assim, passou a cruzar dados internos, como a evolução de abertura de contas, com dados de mercado e tendências de consumidor.

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Sobre a Cortex

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