Uma boa estratégia de comunicação empresarial visa colocar a marca sempre aos olhos de sua audiência para que seus valores sejam bem transmitidos e sua presença de mercado seja consolidada.
Afinal, uma frequência de exposição constante e positiva é essencial para a manutenção do legado reputacional. E isso é um desafio cada vez maior, à medida que a mídia em convergência mantém os stakeholders continuamente informados, promove autocomunicação e produz fenômenos como as bolhas informacionais e ideológicas.
Agora, como saber qual é o ponto ideal de exposição de marca? Como dimensionar até onde se deve ir para que a boa imagem se mantenha preservada?
Essas e outras perguntas são respondidas ao longo deste texto. Continue lendo para ver:
O termo frequência de exposição diz respeito à quantidade de vezes que uma personalidade ou marca está presente nas mídias.
Assim, para que o público tenha visibilidade da sua marca — e para que ela possa ser referência para as pessoas — é preciso ter presença constante na imprensa.
Na prática, o primeiro passo para conquistar essa exposição é implementar uma estratégia de comunicação corporativa que vise à periodicidade de produção de informações.
Mas, não somente isso. Como veremos mais adiante, ter métricas para avaliar a qualidade dessa exposição é tão importante quanto.
Antes disso, vamos entender melhor quais são os desafios que o novo cenário de consumo e produção de notícias traz para as áreas de Comunicação Corporativa.
Já sabemos que a forma de se buscar conteúdos mudou nos últimos anos.
São inúmeros canais de comunicação e, como consequência, um maior volume de informações surgindo a todo momento. Além disso, agora as notícias também são disseminadas com muito mais rapidez.
Confira, nos tópicos que seguem, alguns impactos desse novo contexto na mídia e na comunicação como um todo.
Atualmente, a imprensa tem um menor poder de mediação entre a informação e o leitor.
Com a proliferação de canais para veiculação de notícias, está cada vez mais claro que a audiência passou a ter sob seu controle a decisão de como, quando e onde se informar.
Um fato que indica isso é que, hoje, o Brasil tem mais de dois dispositivos digitais por habitante, segundo levantamento da FGV. E mais: curiosamente, 85% das crianças brasileiras têm acesso à internet e mais da metade delas possui celular, de acordo com o IBGE.
No detalhe, o hábito de acompanhar o noticiário apenas pela TV, rádio ou jornais impressos diminuiu consideravelmente. Isso porque a audiência agora também se mantém atualizada através de outros meios.
O próprio público é capaz de produzir e disseminar conteúdo de variadas formas — vídeo, texto, áudio etc.
Esse fenômeno é conhecido como “user-generated content“, o conteúdo gerado pelo usuário. Dentro disso, a própria imprensa se alimenta do que as audiências geram, seja repercutindo ou aproveitando as tendências de opinião para se pautar.
Veja o caso dos influenciadores digitais: eles têm uma audiência cada vez maior e mais segmentada. Por isso, não podem ser ignorados em uma estratégia de comunicação empresarial.
Aliás, de acordo com um estudo da revista acadêmica Digital Journalism, ser capaz de encontrar e verificar o “user-generated content” são habilidades essenciais que os jornalistas precisam desenvolver.
O livro “Spreadable Media”, de Henry Jenkins, Sam Ford e Joshua Green, fala sobre o valor de uma informação jornalística.
Os autores afirmam que, atualmente, a importância da notícia está não apenas em sua relevância editorial, mas também em sua capacidade de disseminação nos meios sociais.
Inclusive, Cláudio Luiz Bruno, diretor de Inovação na Cortex, abordou essa e outras análises na primeira edição do Artigo do Especialista: como medir o impacto da mídia na era digital.
Por fim, diante desses efeitos, é natural que a gente se pergunte sobre como fica o papel das áreas e dos profissionais de comunicação.
Tratamos disso a seguir.
→ Antes de seguir lendo, que tal dar o play neste vídeo para entender o que se espera do profissional de comunicação empresarial na atualidade?
Diante de tantas mudanças nas formas de se consumir informações, a frequência de exposição na mídia se tornou extremamente relevante. E isso vale também para redes sociais, blogs etc.
Ou seja, para uma estratégia de comunicação corporativa, também é vital estar presente nesses novos canais.
Empresas que já se atentaram para essa nova realidade estão alguns bons passos à frente da concorrência.
Por isso, uma maneira de saber se está havendo ou não uma boa frequência de exposição da empresa em redes sociais é por meio do uso de métricas de comunicação.
Confira, a seguir, um detalhamento das principais.
Calculada a partir do conceito de CPM (Custo Por Mil Impactos), mostra o valor que uma marca gastaria em publicidade para atingir a mesma quantidade de pessoas que as mídias espontâneas estão atingindo.
A valoração é uma espécie de versão digitalmente atualizada da antiga Equivalência Publicitária (EP) – métrica considerada ultrapassada, pois associa valor financeiro à mídia conquistada, com base no valor da publicidade.
A questão é que não há mais como se falar em tamanho (centimetragem) de matérias em tempos digitais.
Por isso, é importante considerar a valoração como uma alternativa moderna.
É uma métrica usada para mostrar a fatia correspondente às menções da sua marca (ou produto) em relação ao ambiente competitivo em que ela se insere.
Contudo, utilizada sozinha, não mostra os atributos específicos de cada publicação. Ou seja, se as menções foram positivas ou negativas.
Por isso, é importante utilizá-la junto com a classificação de publicações, como veremos na sequência.
→ Leia também:
Adotar a classificação de publicações é o primeiro passo para entender se uma estratégia de comunicação empresarial está sendo bem sucedida ou não.
Da mesma forma, ajuda a identificar os veículos ou assuntos que mais promovem a marca.
Ou seja, auxilia a comunicação corporativa a compreender se os conteúdos transmitidos pela marca ao seu público-alvo estão sendo abordados e veiculados da maneira planejada e atingindo os resultados esperados.
A frequência de exposição na mídia, quando trabalhada de forma constante e positiva, é fator fundamental para melhor posicioná-la junto ao seu público-alvo.
Como vimos, esse tema ganhou ainda mais relevância por conta de fatores como “user-generated content”.
Trata-se de um fenômeno em que o próprio público produz e dissemina conteúdo para diferentes audiências nas plataformas digitais.
Assim, muitas vezes, o usuário de uma marca pode se tornar um influenciador importante para ela.
Por isso, hoje, as estratégias de comunicação corporativa precisam utilizar métricas para mensurar a eficácia da sua frequência de exposição nas diferentes mídias.
Nesse sentido, já há ferramentas de mercado que oferecem soluções que oferecem métricas relevantes e insights valiosos para monitoramento da difusão de sua marca.
Que tal, você sentiu que aprendeu um pouco mais sobre o conceito de frequência de exposição e sua importância para a estratégia de comunicação empresarial?
Sobre a Cortex
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