Você sabia que a maioria dos repórteres consideram as sugestões de pautas jornalísticas importantes para seu trabalho? Isso é o que aponta um estudo global.
Na prática, esses profissionais entendem que a cobertura das movimentações mercadológicas depende das informações reveladas por fontes do próprio mercado. Tanto para ter acesso a relatos e se manterem informados quanto para conseguir pontos de partida para suas próprias investigações.
Com isso em perspectiva, trazemos neste artigo um detalhamento do tema.
Continue lendo para entender:
A pauta jornalística é “a mãe da notícia”: a principal orientação das atividades de um repórter que vai a campo. A partir dela, o profissional busca preencher todas as lacunas informativas para levar ao público um material completo. Seja ele em texto, áudio ou vídeo.
Trata-se, basicamente, de um resumo da notícia, no qual são descritos resumidamente:
Essa diretriz é conhecida no jornalismo como os 5 W’s que devem guiar uma pauta.
Também é correto dizer que as pautas jornalísticas são esboços iniciais das matérias. Normalmente criadas a partir de uma sugestão de um repórter ou qualquer outro profissional.
Elas são devidamente debatidas e, em seguida, aprovadas pelos editores.
A grande maioria das produções jornalísticas apresentadas à sociedade tem como base a pauta. Isso porque ela é o exercício inicial de defesa dos chamados “critérios de noticiabilidade”: relevância, interesse e utilidade públicos, entre outros.
Em suma, as pautas jornalísticas são norteadoras do trabalho de repórteres e demais profissionais dos meios noticiosos. Elas são a delimitação mínima do que será contado e como, seguindo qual hierarquia da informação, com quais fontes e por aí vai.
Usualmente, as pautas jornalísticas são classificadas em três tipos: factual, não-factual ou investigativa.
A seguir, entenda em detalhes cada um deles!
Também chamada de “pauta quente”, trata-se de um acontecimento de amplo interesse público que deve ser reportado com máximo detalhamento. Por exemplo, um acidente, a cobertura de um show, entre outros.
Esse tipo de pauta jornalística é criada para o que se refere a algo que já sucedeu. Mas também para um evento previamente agendado ou emergente. Neste caso, algo que o jornalista desconfia que pode ocorrer ou mesmo que a sociedade vê como iminente.
No jargão da área, ela também é chamada de “pauta fria”. Isso porque não é focada em relatar acontecimentos, mas sim em trazer temas de interesse público.
Grandes exemplos de pautas jornalísticas não-factuais são os perfis de figuras públicas e a rememoração de eventos históricos em datas especiais.
Esse tipo de pauta normalmente permite ao repórter um tempo maior de produção, dando lugar a grandes reportagens. Isso porque não é preciso correr contra o tempo para alcançar o “furo jornalístico”, ou seja, mostrar antes que a concorrência.
A investigação é fundamental para o exercício do jornalismo. A partir dela, grandes temas são trazidos à luz para que a sociedade se informe sobre o que determinados poderes querem ocultar.
Neste tipo de pauta, o repórter parte de uma desconfiança ou denúncia. Ele busca desvendar segredos, esclarecer fatos ou desmentir boatos, “notícias plantadas” e até fake news.
Eles estão entre os principais movimentadores da opinião pública.
Você sabia que 83% dos consumidores procuram fontes confiáveis de terceiros ao considerar uma compra? É o que revelou uma pesquisa da Nielsen.
Dessa forma, reforça seu posicionamento e alcança o público-alvo de maneira indireta.
Isso, na maior parte do tempo, é bem melhor do que ações de publicidade. Tanto do ponto de vista do impacto gerado quanto do investimento necessário.
Anúncios e outras formas de divulgação paga demandam grandes volumes orçamentários. E, conforme já citamos, nem sempre geram os efeitos desejados, pois as pessoas estão cada vez mais reticentes com a publicidade explícita.
Aqui um dado importante:
→ Leia também:
Isso garante que em eventuais crises de imagem os repórteres sejam mais amigáveis na apuração dos fatos.
A necessidade de evitar escândalos éticos é considerada uma das principais razões para a implementação de estratégias de gestão de riscos nas organizações. É o que foi descoberto pela KPMG.
Entendido o que são pautas jornalísticas e seus principais tipos, vamos agora a algumas dicas para a elaboração.
Confira, a seguir, quais elementos devem constar e como fazer!
Para o jornalista, o que importa é que as informações sejam relevantes para um número abrangente de pessoas. Sendo assim, na hora de definir o tema, deve-se levar em conta isso.
Busque se certificar de que a pauta sugerida seja o mais inédita possível. É isso que fará com que o interesse do repórter seja maior; do contrário, ele tenderá a não dar tanta atenção.
Por menos quente que uma pauta seja, ela pode ganhar relevância se for bem contextualizada com dados.
Neste sentido, levante estatísticas e outros insumos que possam enriquecer a notícia, ampliando sua abordagem.
Use, por exemplo, informações sobre o comportamento dos envolvidos, trazendo pesquisas de mercado ou mesmo sugerindo bases públicas de dados.
Relatórios de órgãos como o IBGE ou de entidades de classe, entre outros, são fontes confiáveis que podem ser aproveitadas.
Também é interessante sugerir ao jornalista uma maneira única de contar a história. Isso pode ser feito indicando pessoas para serem entrevistadas, por exemplo, porta-vozes da empresa que dominam o assunto.
Também é indicado dar dicas de infografias a serem usadas, fornecer imagens, áudios e vídeos que possam ilustrar a narrativa.
Além de descrever o tema com bastante objetividade, também é recomendado listar uma série de perguntas que podem ser respondidas na matéria. Dessa forma, o repórter poderá perceber questionamentos que dificilmente viriam naturalmente em sua análise da pauta.
Obviamente, sempre cuidando para não parecer que o profissional está sendo manipulado. Afinal, trata-se de uma sugestão e não de um direcionamento rígido.
Por fim, entregue aos jornalistas um texto objetivo e direcionador.
Para tal, leve em consideração o formato de escrita jornalístico:
Entregue neste texto o contexto completo. Inclusive com potenciais fontes a serem entrevistas e a clara disposição para ajudar no que for necessário.
Ao pautar a imprensa com os temas de domínio da marca, as chances de alcançar mídia espontânea são bem maiores.
As empresas mais bem-sucedidas nessa área tendem a ser bastante respeitadas pelos jornalistas, são bastante mencionadas positivamente. Consequentemente, elevam sua reputação junto a determinados públicos e à opinião pública em geral.
Isso requer um trabalho cuidadoso, pois a relevância é fundamental nessa estratégia.
Portanto, o trabalho de elaboração da sugestão de pautas jornalísticas deve ser minucioso. Ele, ao fim e ao cabo, deve ter contexto e relevância sempre no horizonte.
Sobre a Cortex
A Cortex é líder em IA aplicada a negócios e Inteligência de Go-To-Market. Caso queira saber como usar IA em mensuração e analytics de mídia, além de monitorar a reputação corporativa de forma integrada, conheça nossa solução de PR Intelligence.
Ou, se preferir, não perca tempo: agende uma conversa com a equipe de especialistas Cortex e traga sua estratégia de comunicação para a era dos dados.