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O surgimento de novas tecnologias e de métodos mais eficientes para resolver problemas ocorre em um ritmo impressionante, concorda? Essa é uma característica marcante do mundo VUCA — mas pode ser também do mundo BANI, que você vai conferir a seguir.
Diante de tantas mudanças abruptas em nível global, as maiores repercussões são em pessoas e empresas. Isso porque é cada vez maior a exigência de antecipar ocorrências e reagir às transformações.
No cenário imprevisível ampliado pelo coronavírus, o acrônimo BANI veio à tona para endereçar essa atual dinâmica. Você está por dentro dessa sigla? Neste post, explicaremos o que é o mundo BANI e traremos uma reflexão do impacto de seus fatores para pessoas e empresas. Continue lendo para saber mais!
Antes de definirmos o termo BANI, é importante falar sobre o mundo VUCA (Volatile, Uncertain, Complex and Ambiguous — Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo). O termo vem sendo utilizado por muitos anos para salientar as mudanças frequentes na tecnologia e na cultura, com impactos no dia a dia da sociedade como um todo
Quer saber uma curiosidade? Esse conceito foi desenvolvido no período pós-Guerra Fria por militares norte-americanos com o objetivo de descrever um conjunto de transformações pelas quais a sociedade vinha passando e como o exército deveria agir diante de possíveis novos conflitos
Porém, nos anos 2000, o acrônimo se tornou popular no universo corporativo, moldando estratégias disruptivas nas empresas. Mas, afinal, o que é esse mundo VUCA? A seguir, explicamos resumidamente seus quatro aspectos.
💡 Prefere descobrir o que é o mundo VUCA por meio de um vídeo? Então confira abaixo ou, se preferir, prossiga com a leitura!
Você às vezes sente que o tempo está passando rápido demais ou que há muitas coisas ocorrendo simultaneamente? Isso se deve à volatilidade dos acontecimentos. Em um ritmo cada vez mais acelerado de fatos e informações, é comum sentirmos que não há tempo de acompanhar tudo.
Com tantas mudanças, o mundo se torna mais incerto, concorda? Afinal, aumenta a dificuldade de saber quando um novo fenômeno poderá transformar a vida das pessoas, a rotina das empresas, a economia etc. O fato é que o futuro próximo se torna uma incógnita e a possível necessidade de readaptação, uma realidade.
No mundo impactado pela transformação digital, nem tudo é tão simples e certos fatores estão interligados. Isso gera uma rede de possibilidades e acontecimentos que muitas vezes fogem à nossa compreensão.
Na era dos dados não há mais uma “receita de bolo” ou respostas prontas que ajudem pessoas e empresas a tomarem a decisão certa. São muitas possibilidades a serem descobertas por meio de uma cultura data driven, de experimentação e de melhorias contínuas.
O conceito de BANI (Brittle, Anxious, Nonlinear and Incomprehensible — Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível) foi cunhado pelo antropólogo norte-americano Jamais Cascio e se tornou conhecido em 2020, diante do colapso mundial causado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Confira, abaixo, os quatro aspectos relacionados a ele.
A pandemia mostrou ao mundo algo que até então não tínhamos como óbvio: estamos propensos a incidentes de diversas naturezas. Para Jamais, a fragilidade pode ser percebida em sistemas aparentemente fortes e a partir de esforços para maximizar a eficiência, por exemplo:
“Fragilidade pode ser encontrada em monoculturas, onde cultivar uma única safra significa produção máxima, até que um inseto que afeta apenas aquela espécie ou cepa em particular destrói todo o campo.”
No universo corporativo isso significa que as empresas estão mais expostas a riscos e, a partir dessa percepção, a busca por antecipá-los tende a ser cada vez maior.
A consciência do quanto estamos frágeis gera ansiedade, uma das doenças mais comuns atualmente e que impacta pessoas e companhias. Isso acaba por refletir em um senso de urgência cada vez maior.
A ideia de linha do tempo e continuidade é um pouco utópica no mundo BANI. Essa afirmação está ligada ao atraso na relação entre causa e efeito, o que pode afetar diretamente a execução de planejamentos muito detalhados e de longo prazo. Quer ver mais um exemplo prático descrito pelo autor?
“Estamos no meio de uma crise de não linearidade com a Covid-19. A escala e o escopo desta pandemia vão muito além da experiência cotidiana; a velocidade com que a infecção se espalhou nos primeiros meses foi impressionante. Embora alguns locais tenham obtido sucesso na redução da taxa de infecção, o aumento de casos em todo o mundo ainda tende para o exponencial. O conceito de “achatar a curva” é inerentemente uma guerra contra a não-linearidade.”
Quantas vezes, durante a pandemia, você se deparou com informações diferentes e talvez até contraditórias sobre o mesmo assunto?
Com a quantidade crescente de inovações, dados sendo gerados e o surgimento do Big Data, a procura por respostas e predições só aumenta. A incompreensibilidade é uma consequência dessa sobrecarga de informações e do rápido avanço tecnológico.
Você notou que os fatores relacionados ao mundo BANI endereçam a forma com que os indivíduos se comportam em relação aos novos acontecimentos?
Por esse novo conceito se aproximar bastante das pessoas e suas formas de lidar com cenários mais frágeis e ansiosos, habilidades comportamentais (ou soft skills) como resiliência e empatia devem se tornar cada vez mais importantes.
Além disso, a busca por capacitações e tecnologias que previnam as empresas de estarem sujeitas a falhas também devem ser valorizadas.
Se preparar para intempéries também é fundamental. Diante dessa necessidade, softwares de inteligência que, por natureza, impulsionam a incompreensibilidade, serão fundamentais para coletar e organizar dados para oferecer mais compreensão.
E quando falamos de eventos não lineares e o desafio de compreendê-los, é possível afirmar que profissionais de inteligência e cientistas de dados se tornam essenciais. Afinal, para sobreviver, as organizações precisam entender o contexto do mercado e qual papel desempenham.
Agora que você já entendeu os conceitos, é importante pontuar que, para alguns estudiosos, o BANI é uma nova visão que torna o mundo VUCA defasado. Entretanto, pode ser que você ainda se sinta vivendo entre ambas essas visões sobre indivíduos e sociedade.
Isso acontece porque, apesar de o mundo BANI retratar aspectos humanos frente ao caos, vemos cada vez mais informações sendo produzidas, tecnologias se tornando obsoletas e novas formas de realizar uma mesma tarefa com eficiência.
A volatilidade ainda faz parte da nossa realidade e anda de mãos dadas com possíveis falhas — ou fragilidades — ocasionadas pela preocupação excessiva em gerar valor, concorda?
Todo esse ‘boom’ de informações e apreensões faz com que as pessoas e, consequentemente, as empresas se tornem mais ansiosas por conta das incertezas no caminho.
Então, como reagir diante de tudo isso? O conceito VUCA nos diz que o mundo é complexo e inúmeros fatores estão interligados, mas que não existe uma resposta pronta para lidar com esses fenômenos.
Muitas vezes a saída está no uso de dados. Entretanto, o acrônimo BANI alerta para a sobrecarga de informações a que estamos expostos, o que pode tornar cada vez mais difícil tomar uma decisão que, por sua vez, pode ter uma repercussão inesperada e não linear.
Embora lidar com essa realidade seja mesmo um grande desafio, o avanço das tecnologias prevê uma boa parte dessa complexidade. As dificuldades aumentam mas, por outro lado, estamos apoiados por Inteligência Artificial, Big Data e tantas outras soluções que continuam surgindo a cada dia e servem para tornar o mundo mais compreensível.
Sendo assim, investir em capacitação analítica e softwares que ajudem pessoas e empresas a destrinchar esses novos cenários pode converter grandes desafios em oportunidades.
Sabemos que o mundo mudou, e muito. A busca por significados, impactos e formas de lidar com o novo é incessante. Entretanto, visões VUCA, BANI e tantas outras já se fazem presentes no nosso cotidiano, concorda?
Isso quer dizer que enquanto você lê esse post, esses conceitos já permeiam a nossa forma de enxergar o mundo e moldam muitas de nossas decisões.
O fato é que, tratando-se de uma pauta tão nova, ainda há uma longa discussão e muitos estudos pela frente, a fim de comprovar se essas percepções se excluem ou se complementam na nossa atual realidade.
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