O que é Relações Públicas (RP) pode ser uma pergunta bastante complexa de se responder. Contudo, não significa que seja impossível, afinal, estamos diante de uma área bastante rica em conceitos e práticas.
Esse questionamento vem sendo feito por executivos de negócios com bastante frequência, à medida que eles entendem a importância de lidar com o amplo debate coletivo e seu impacto nos resultados subjetivos e objetivos das empresas.
Quer uma prova da relevância desse assunto? Até 2025, os negócios e investimentos em RP devem movimentar mais de 129 bilhões de dólares globalmente, segundo a Statista.
Pensando nisso, nós resolvemos te mostrar:
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Ao pensar o que é Relações Públicas (RP), nos deparamos com um desses conceitos com variadas interpretações. No contexto organizacional, contudo, podemos definir como uma série de processos de comunicação estratégica que constrói relacionamentos mutuamente benéficos entre instituições e seus públicos.
Também é válido ver RP como o conjunto de atividades que busca estabelecer e manter compreensões entre uma empresa e seus stakeholders — dos funcionários à opinião pública em geral, passando por clientes, acionistas e por aí vai.
A compreensão dessa área vai ficando ainda mais clara quando olhamos para as atribuições do profissional de Relações Públicas. Ele se encarrega de conectar as empresas a seus públicos, a partir de uma visão ampla do negócio para traçar estratégias eficazes de identificação e conexão.
São diversas as frentes nas quais os líderes e analistas de RP atuam:
Para fazer um bom trabalho, uma equipe de RP precisa entender bem as organizações e os públicos com os quais atuam. Dessa forma, consegue construir ativos simbólicos e práticos que fortalecem os relacionamentos em curto, médio e longo prazo.
Em suma, estamos falando de uma disciplina, mas também de uma área de estudos e também de uma profissão. Que, aliás, nunca foram tão importantes quanto são hoje — como você vai ver se continuar à continuação.
Não faltam hoje em dia dilemas relacionados às Relações Públicas. Veja, a seguir, um agrupamento dos mais preocupantes.
É o fenômeno pelo qual diferentes tipos de mídia, como televisão, rádio, jornais e mídias sociais, estão se fundindo em plataformas únicas. Ele acontece principalmente pelas facilidades técnicas da internet, que proporcionam um alto volume de produção e reprodução de conteúdos — muitas vezes mediação deficitária.
Essa realidade cria dificuldades para as organizações manterem sua própria narrativa sob controle. Afinal, elas têm que adaptar continuamente sua estratégia comunicacional para atender a diferentes canais e públicos.
O debate coletivo agora muda rápida e constantemente, pois todas as pessoas são consumidoras e produtoras de opinião. Ele pode ser classificado como um vozerio sem regras/limites onde nem sempre as pessoas mais qualificadas emitem juízos e críticas.
Diante disso, muitas organizações sofrem constantes ataques e "cancelamentos". E veem essas investidas crescendo a cada hashtag sem que haja tempo hábil, ou espaço equivalente, para emitir esclarecimentos ou se comprometer com mudanças de posicionamento.
Criadas pelos algoritmos de mídia social, que mostram conteúdo baseado nas preferências do usuário, as bolhas informacionais e ideológicas também são ameaças à imagem das companhias.
Elas reúnem grupos de pessoas que compartilham opiniões e crenças similares, sem muito espaço para o contraditório. Com isso, formam o caldo perfeito para que convicções nem sempre amparadas na razão se solidifiquem — no extremo, gerando polarização e intolerância.
Como consequência, a maioria das polêmicas que envolvem setores inteiros e empresas específicas são gestadas e alimentadas nessas comunidades. Inclusive pela ação deliberada de influenciadores e líderes de opinião com fins que vāo da formaçāo de público cativo até o assassinato de reputações.
Com o aumento do uso da internet, há uma alta disputa entre empresas para se posicionarem bem nos mecanismos de busca e nas mídias sociais.
Isso é muito desafiador, já que as marcas precisam se destacar entre muitas outras que estão competindo pela atenção. Em síntese, elas precisam produzir conteúdo valioso continuamente, interagir com públicos em tempo real, lidar com constantes mudanças nos algoritmos, entre outras atividades.
Para nos aprofundarmos mais em nosso objetivo de entender o que é Relações Públicas, vejamos como essa área se desempenha no ecossistema dos negócios.
Basicamente, os profissionais de RP tratam de influenciar, envolver e construir relacionamentos com stakeholders. Isso tudo para moldar e enquadrar a percepção pública de uma organização.
No detalhe, as estratégias de RP normalmente abrangem:
A equipe de Relações Públicas oferece, com suas estratégias e ações, uma série de vantagens à organização. A seguir, confira algumas das mais significativas.
O posicionamento é a forma como a empresa é percebida pelo público, a imagem que se cria na mente das pessoas sobre ela. Já o reconhecimento é a capacidade da companhia de ser identificada pelo público — o quanto se identifica e associa a marca a determinados valores, produtos ou serviços.
O alcance disso tem muito da contribuição de um bom time de Relações Públicas. Por exemplo, através de campanhas de conscientização para causas sociais relevantes, o que denota uma organização responsável e comprometida com questões caras à sociedade.
Além disso, RP também pode contribuir para o reconhecimento de marca através da organização de eventos para lançar novas ofertas, ajudando a aumentar a visibilidade e a atrair novos clientes.
A confiança desempenha um papel crucial no sucesso de qualquer negócio. Com isso em mente, os profissionais de RP buscam preencher possíveis lacunas de confiabilidade entre a empresa e seus públicos de interesse.
Fazem isso implementando estratégias de potencialização de credibilidade da empresa com seu setor específico e também perante a sociedade em geral.
Imagine uma indústria de alimentos orgânicos certificada junto aos órgãos reguladores. Ela vai precisar divulgar essa certificação, mas isso nem sempre é suficiente.
Neste caso, RP pode sugerir a divulgação dos processos de produção e ingredientes através de vídeos e fotos nas redes sociais. Também é interessante convidar importantes jornalistas para visitarem a fábrica e mostrar ao público a seriedade do negócio.
Paralelamente, a companhia participa de feiras e eventos do setor para aumentar sua visibilidade e estabelecer relações com outras marcas e influenciadores do setor. Todas essas ações contribuem para solidificar a credibilidade da marca.
O mundo online permite que as pessoas falem sobre qualquer negócio, e elas com frequência fazem isso. Contudo, muitas vezes o afā opinativo do público pode trazer sérias consequências para a sustentabilidade empresarial.
Com isso no horizonte, lideranças e analistas de RP trabalham continuamente para sedimentar a boa reputação. Assim, quando surgirem potenciais crises, as estruturas de confiança não desmoronam completamente.
Fazem isso de diversas formas, como criando conteúdo positivo e monitorando constantemente as menções na mídia online. Logo, conseguem rapidamente endereçar qualquer crítica negativa e manter a reputação sob controle diante de críticas, detrações, boatos e até fake news.
Por exemplo, uma empresa de tecnologia pode compartilhar artigos sobre as últimas tendências e inovações no setor, bem como cases de sucesso de clientes. Além disso, criar vídeos educativos e webinars para ajudar os clientes a entender melhor como usar seus produtos e serviços.
Ao fazer isso seguindo métodos de RP, a companhia está criando uma narrativa positiva em torno de sua marca e fortalecendo a confiança dos clientes em sua capacidade de fornecer soluções de qualidade.
Em complementaridade com Marketing, Comunicação e Comercial, os profissionais de Relações Públicas criam e distribuem mensagens que ressoem entre os clientes-alvo de maneira impactante.
Fazem isso de diversas maneiras, incluindo:
Com isso, conseguem influenciar positivamente as estratégias de expansão mercadológica. O que resulta em atração e retenção de clientes, maior volume de negociações fechadas (em menos tempo, inclusive), redução de custos operacionais, aumento das vendas e da lucratividade.
84% dos compradores B2B consideram que a reputação da marca influencia mais de 90% de suas decisões de aquisição de produtos e serviços.
Fonte: Harvard Business Review.
Amarrando tudo o que vimos até aqui, vale a pena refletirmos sobre como as Relações Públicas favorecem a construção simbólica e reputacional dos negócios.
Lembremos que a imagem corporativa é a forma como a empresa é vista pelo público, enquanto a reputação é a percepção que as pessoas têm dela em relação a sua credibilidade e confiabilidade.
Ambas são fundamentais para o sucesso e a sustentabilidade dos negócios, pois influenciam diretamente:
Por tudo isso, e diante dos diversos desafios atuais, nenhuma empresa pode se dar ao luxo de não saber o que é Relações Públicas e ter uma estratégia minimamente estruturada.
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