Como preparar a Comunicação para abertura de capital e oferta pública inicial é uma pergunta cuja resposta precisa estar na ponta da língua dos gestores da área. Isso bem antes do processo de IPO, pois é preciso estruturar uma boa estratégia comunicacional.
Esse processo requer uma narrativa clara e eficiente, dando vida a uma história poderosa com ações criativas e multicanais.
No detalhe, os comunicadores têm a missão de transparecer ao mercado, da melhor maneira possível, a confiabilidade necessária para uma boa performance na Bolsa de Valores.
Agora, como fazer essa preparação?
É o que vamos te mostrar aqui, por meio dos seguintes tópicos:
Ao abrir capital, a companhia passa pela oferta pública inicial, mais conhecida pela sigla IPO (Initial Public Offering).
É um processo que traz maior visibilidade, acesso a novos investidores e capital para financiar a expansão do negócio, como destaca o Corporate Finance Institute.
Ao mesmo tempo, também faz com que olhos altamente especializados se voltem para a marca. Consequentemente, ela precisa garantir que sua imagem está intacta.
Em outras palavras, comunicadores e analistas de Relações Públicas passam pelo desafio de revisar o legado reputacional da organização e garantir que ele é robusto o bastante para o período.
Nesse movimento, esses profissionais passam a lidar com novas atribuições e responsabilidades, vendo a complexidade do seu dia a dia aumentar consideravelmente.
Confira, a seguir, um detalhamento dos principais desafios enfrentados por eles.
Ao passar pelo IPO, a empresa ganha uma base de acionistas muito mais ampla e diversificada. Isso significa que a comunicação com os investidores se faz necessária, especialmente quando se trata de gerenciar expectativas.
A área precisa sofisticar ainda mais a maneira como emite mensagens a esse público altamente qualificado. Sobretudo demonstrando transparência e evitando duplas interpretações.
A abertura de capital também traz consigo um conjunto de obrigações regulatórias a serem cumpridas. Incluindo divulgações financeiras e relatórios anuais que devem seguir as normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Para o departamento de Comunicação, o desafio é alinhar suas atividades com as de áreas como Finanças, Controladoria e Jurídico. E, a partir disso, delinear peças informativas atraentes e em conformidade com o estabelecido em lei.
O escrutínio público se materializa com bem mais intensidade a partir da abertura de capital, aumentando a probabilidade de crises e controvérsias. Afinal, a imprensa especializada e os órgãos reguladores estão sempre de olho nos movimentos da companhia, bem como de seus principais porta-vozes.
À Comunicação cabe mapear preventivamente os potenciais riscos de imagem e ter planos de ação para lidar com os problemas quando eles se concretizarem.
Também o grau de vulnerabilidade da empresa frente à concorrência pode aumentar com a abertura de capital. Inclusive por que ela passa a fazer parte de um seleto rol de companhias listadas na Bolsa — bem experimentadas em governança, imagem pública, entre outros aspectos.
Neste sentido, aumenta a pressão para que a Comunicação ajude a fortalecer a reputação corporativa criando diferenciação competitiva e fortalecendo o reconhecimento de marca.
Veja, a seguir, como ajudar os comunicadores da sua empresa a superar as dificuldades comuns em um processo de IPO.
Antes de um IPO, os membros do departamento de Comunicação devem compreender profundamente as regulamentações da CVM, bem como normativas da B3 e até do Banco Central para empresas de capital aberto.
Eles também devem fazer benchmarking e, a partir disso, adotar as melhores práticas de diálogo com o mercado. Isso inclui familiarizar-se com as regras de divulgação e transparência exigidas para empresas listadas na bolsa.
Estabelecer políticas claras de comunicação e governança corporativa também é uma das respostas à pergunta 'como preparar a Comunicação para abertura de capital e oferta pública inicial'.
As regras devem incluir diretrizes sobre:
Basicamente, a ideia é que os profissionais estejam preparados para garantir que suas ações estarão alicerçadas em compliance, sigam as exigências legislativas, bem como sejam concisas e certeiras.
Uma estratégia de comunicação bem planejada antes do IPO precisa ser elaborada, pois muito do sucesso do lançamento depende da forma com que a companhia vai apresentá-lo ao mercado.
Para tal, deve-se começar com uma análise dos stakeholders, incluindo investidores potenciais, analistas de mercado e jornalistas especializados.
Em seguida, são desenvolvidas mensagens-chave que ressaltam os pontos fortes e o potencial de crescimento da marca. Ademais, são mapeados os riscos de imagem e preparados planos de contingência para lidar proativamente com eles.
Quanto à execução dessa estratégia, ela envolve a preparação de press releases, apresentações para roadshows, canais de relações com investidores, entre outras iniciativas. Obviamente, sempre em total alinhamento com a narrativa corporativa pretendida.
Interagir eficazmente com a mídia é mais crucial do que nunca durante a abertura de capital e oferta pública inicial.
Logo, os comunicadores precisam encontrar formas de estabelecer relações sólidas com jornalistas, líderes de opinião e influenciadores do setor financeiro.
Para isso, pode-se organizar sessões de briefing antes do anúncio do IPO, garantindo que os meios de comunicação recebam informações precisas e completas. E, muitas vezes, isso requer auxílio de consultorias especializadas — que tragam a experiência até então não obtida pela equipe.
Neste ponto entra também a preparação dos porta-vozes para lidar com entrevistas, maximizando as oportunidades de cobertura positiva e reduzindo as chances de ruídos e mal-entendidos.
Desde o IPO é fundamental que a equipe se prepare para falar contínua e metodologicamente com os investidores.
Por isso, vale a pena documentar um plano de diálogo que inclua:
Deve-se garantir que o time esteja preparado para emitir comunicados de maneira adequada.
Ademais, para interagir na medida certa, respondendo rapidamente a perguntas e fornecendo informações que ajudam os investidores a avaliar o valor e as perspectivas da companhia.
Não tem como preparar a Comunicação para abertura de capital e oferta pública inicial sem levar em conta a dimensão tecnológica.
Como a partir do IPO a companhia lidará com um nível mais sensível de diálogo com o mercado, é recomendado investir em ferramentas altamente sofisticadas.
Softwares de monitoramento de mídia e análise de sentimentos, para fornecer insights valiosos sobre como as mensagens da empresa estão sendo recebidas, por exemplo.
Além disso, aplicações que automatizem a formatação de relatórios a partir da coleta e da organização de dados financeiros e operacionais. Elas facilitam a comunicação regular e adequada com investidores e reguladores — dentro dos padrões de mercado.
Por fim, a capacitação da equipe em inteligência de dados é uma etapa importante para aprimorar a tomada de decisão e a estratégia de comunicação.
Com habilidades em análise de dados, os profissionais podem identificar tendências de mercado, prever comportamentos de investidores, entre outras frentes, para otimizar a forma como a companhia é representada.
Para tal, é preciso investir em treinamento em ferramentas de análise de grandes volumes de informações e estatísticas, bem como na integração dessas competências no dia a dia do departamento.
As companhias de capital aberto mais bem-sucedidas em termos de reputação são aquelas que investem fortemente em tecnologia e capacitação para que Comunicação e RP consigam lidar com grandes volumes de dados para decisões acertadas em tempo hábil.
Dessa forma, conseguem monitorar em tempo real tudo o que é dito sobre si mesmas e o mercado em que atuam. Antevendo possíveis ranhuras em suas imagens, lidando com a mídia e os líderes de opinião de maneira proativa, e dialogando com um número cada vez maior de públicos de interesse (dos funcionários aos investidores, passando por fãs e haters nas redes sociais).
Um bom exemplo desse tipo de sistema é a plataforma de PR Intelligence da Cortex.
Essa solução facilita, entre outras coisas, a realização de:
Confira, em detalhes, o que é possível fazer com a plataforma para que o pré e o pós-IPO sejam bem-sucedidos.
Em poucos cliques, monte um dashboard com a real dimensão de como a imprensa e as redes sociais estão falando da sua empresa. Além disso, veja como a concorrência está performando na mídia profissional e no debate coletivo online.
Monitore como cada pilar estratégico, veículo midiático, influenciador ou líder de opinião impacta na imagem da companhia. Isso tendo métricas e indicadores que realmente amparam análises profundas e dimensionam resultados concretos.
Tenha parâmetros e informações atualizadas para ver o que concorrentes e pares da sua empresa estão fazendo em termos de diálogo com o mercado. Dessa forma, suas iniciativas comunicacionais e os relatórios terão ainda mais amplitude.
Veja como cada iniciativa da área performa tendo o planejamento estratégico como eixo fundamental. Em tempo real, verifique o que está funcionando e, se necessário, reconfigure a rota.
Crie relatórios prescritivos com o radar da plataforma para as tendências midiáticas. Além disso, decifre a movimentação das bolhas de informação e ideologia que podem impactar negativamente a empresa — ou revelar oportunidades de ampliação do diálogo.
Esse é um processo que costuma ser bastante desafiador para os comunicadores e analistas de RP. Contudo, se eles tiverem acesso a tecnologia adequada e potencializarem suas habilidades analíticas, as coisas ficam muito mais fáceis.
Aliás, os times de Comunicação de maior sucesso nisso conseguem até influenciar positivamente no valor de mercado das marcas que defendem. Isso é cada vez mais necessário, uma vez que ativos intangíveis têm hoje um grande peso na reputação corporativa.
Obviamente, há grande complexidade nessa virada de chave. Contudo, sem colocar em prática as iniciativas que pontuamos aqui, infelizmente, não tem como preparar a Comunicação para abertura de capital e oferta pública inicial.
Sobre a Cortex
A Cortex é líder em IA aplicada a negócios e Inteligência de Go-To-Market. Caso queira saber como usar IA em mensuração e analytics de mídia, além de monitorar a reputação corporativa de forma integrada, conheça nossa solução de PR Intelligence.
Ou, se preferir, não perca tempo: agende uma conversa com a equipe de especialistas Cortex e traga sua estratégia de comunicação para a era dos dados.