Quem trabalha no desenvolvimento de estratégias de comunicação institucional provavelmente já ouviu falar sobre agendamento temático. Esse conceito diz respeito ao papel determinante da mídia na definição dos assuntos que a sociedade vai abordar.
Portanto, os profissionais da área enfrentam diariamente o desafio de acompanhar o que está sendo dito na imprensa. Inclusive, hoje, uma grande aliada para a realização dessa tarefa é a tecnologia.
Por exemplo, o recurso tecnológico que é cada vez mais crucial na era dos dados é o monitoramento integrado das mídias, baseado em data science.
Só para se ter uma ideia, o mercado de serviços e tecnologias de Big Data deve atingir a marca de U$ 103 bilhões em 2023, segundo o Techjury.
Contudo, antes de sabermos como funciona o monitoramento integrado, vamos entender o que é comunicação institucional e agendamento temático de forma mais profunda? Confira a seguir.
Comunicação institucional: o que é e o que faz?
Afinal, o que faz a área de Comunicação Institucional? Em poucas palavras, é por meio dela que uma organização gere o relacionamento com seu público-alvo — seja interno ou externo — e o deixa a par de informações relevantes. Esse grupo inclui:
- clientes;
- funcionários;
- autoridades;
- acionistas;
- órgãos de classe;
- parceiros comerciais;
- entre outros.
Para tal, a área costuma integrar seu corpo profissional tanto jornalistas, como marketeiros, designers e profissionais de Relações Públicas.
No cotidiano, as estratégias de comunicação institucional além de viabilizarem interações e mensagens ao destinatário interessado, também atuam no fortalecimento da marca e branding junto a essa comunidade.
Assim, no contexto de atuação da área, algumas práticas ganham notoriedade pelos seus bons resultados, como é o caso do agendamento temático.
Qual a influência do agendamento temático nas estratégias de comunicação institucional?
Basicamente, o agendamento temático (ou Teoria do Agenda Setting) afirma que a mídia é responsável por determinar os temas discutidos pelas pessoas.
Isto é, os assuntos que a sociedade considera importantes são os que a cobertura jornalística aborda.
Outra teoria importante é a do Gatekeeper. Nesta, afirma-se que alguns jornalistas, normalmente os editores, são os responsáveis por “filtrar” quais notícias serão divulgadas para a sociedade.
Mas você deve estar se perguntando: como tudo isso impacta as estratégias de comunicação institucional? Basta lembrar que parte importante do trabalho de Relações Públicas é justamente inserir as empresas na mídia.
Aliás, esse trabalho hoje conta com mais um grande desafio, que é a mediação feita nas redes sociais a partir do que a imprensa publica.
O compartilhamento comentado de notícias no Facebook, Instagram e outras plataformas, faz com que determinados assuntos alcancem um grande público.
Então, isso revela que os conteúdos disseminados nessas mídias também impactam no que percebemos como importante.
Dessa forma, como definir as melhores estratégias de comunicação institucional a partir do agendamento temático? Confira a seguir.
Como criar estratégias de comunicação institucional baseadas no agendamento temático
Como vimos, hoje, além das notícias divulgadas nos veículos tradicionais, há também as informações disseminadas a todo momento nas redes sociais.
Diante dos avanços da tecnologia, para construir estratégias de comunicação institucional é preciso monitorar o que está agendado na mídia. Dois pontos evidenciam a importância disso.
1- Avaliação de riscos e oportunidades a partir da técnicas de automação.
Vivemos na era dos dados. E o monitoramento integrado traduz claramente isso. Afinal, ele permite que os profissionais de Relações Públicas acompanhem, em tempo real, as citações da empresa em diferentes veículos de mídia.
Isso ajuda a área de comunicação a identificar de maneira rápida como a empresa está sendo exposta em diferentes veículos, por exemplo.
Com o monitoramento do agendamento temático, por sua vez, é possível ir além, porque realiza-se uma análise de riscos e oportunidades que contribuem para a geração de insights.
Ou seja, os profissionais conseguem ponderar as estratégias e ações a serem tomadas pela área de Comunicação.
Mas na prática, como isso funciona?
O monitoramento do agendamento temático possibilita que as empresas se preparem para lidar com questões diversas, sejam elas positivas ou não.
Por exemplo, digamos que uma companhia de determinado segmento esteja enfrentando uma grande crise. Possivelmente, as outras organizações do mesmo setor podem ser direta ou indiretamente questionadas ou cobradas por conta disso.
Em outro caso, um tema ou empresa está em evidência para as pessoas de forma positiva.
Isso é bom, pois dá a oportunidade de outras empresas traçarem estratégias de comunicação com base nessa situação favorável.
Por fim, em ambas as situações, a Comunicação Institucional pode se preparar estrategicamente tanto para evitar desgastes com a imprensa e clientes quanto para aproveitar uma circunstância positiva.
2- Clipping 4.0
Em tempos de transformação digital, o clipping não pode mais representar apenas uma coletânea manual de notícias sobre uma empresa.
Afinal, hoje esse processo pode (e deve) ser feito de forma automática, que engloba também o monitoramento:
- da concorrência;
- do agendamento temático;
- do desempenho de produtos.
Esse é o chamado clipping 4.0. Com isso, essa prática passou a desempenhar um papel mais relevante na comunicação institucional, pois auxilia no planejamento estratégico e na tomada de decisão.
Resumindo: qual a importância da tecnologia para as estratégias de comunicação institucional?
O uso da tecnologia e da automação de dados já é uma realidade em diversos setores empresariais e isso vem crescendo cada vez mais.
Dessa forma, diante do papel decisivo da imprensa de pautar os assuntos que a sociedade deve discutir, a inovação proposta pelo monitoramento do agendamento temático se faz ainda mais importante para as estratégias de comunicação institucional.
Por isso, é importante estar atento também aos seguintes movimentos:
- O clipping tradicional perdeu relevância e atualidade;
- O número de veículos e profissionais que influenciam um mercado ou uma marca aumentou muito;
- A reputação de uma marca, construída em anos, pode sofre danos graves em poucas horas;
- Os canais se multiplicaram tornando difícil saber qual deles gera mais retorno.
E, então, ficou claro para você o conceito de agendamento temático e como você pode utilizá-lo nas estratégias de comunicação institucional? Continue acompanhando o blog para mais conteúdos como esse.
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