O que é RP? Entenda a importância das Relações Públicas para as empresas
O que é RP pode ser uma pergunta bastante complexa de se responder. Esse questionamento vem sendo feito por executivos de negócios com bastante frequência. Isso à medida que eles entendem a importância de lidar com o debate coletivo e seu impacto nos resultados empresariais.
Quer uma prova da relevância desse assunto? Até 2030, os negócios e investimentos em RP devem movimentar mais de 153 bilhões de dólares globalmente, segundo a Mordor Intelligence.
Pensando nisso, resolvemos te mostrar o que são as Relações Públicas no contexto dos negócios e quais os principais desafios de RP que as organizações enfrentam hoje. Além disso, você vai ver como os profissionais da área contribuem para as empresas, e muito mais.
Continue lendo para saber:
- O que é RP?
- Como surgiram as Relações Públicas?
- Quais são os diferentes tipos de RP?
- Como as Relações Públicas podem ajudar na gestão de crises?
- Quais são os principais desafios de Relações Públicas que as empresas enfrentam atualmente?
- Qual o papel das Relações Públicas no mundo corporativo?
- Quais são os benefícios das Relações Públicas para uma empresa?
- Como as Relações Públicas podem ajudar na gestão de crises?
- [Passo a passo] Como implementar uma estratégia de RP?
- Quais tendências devem estar no radar dos profissionais de Relações Públicas?
- FAQ – Perguntas frequentes sobre Relações Públicas (RP)
- Relações Públicas atuam na construção de imagem e reputação organizacional
O que é RP (Relações Públicas)?
RP (Relações Públicas) é o campo da comunicação responsável por construir, proteger e fortalecer a reputação das organizações. Ele atua de forma contínua para mapear públicos, gerir percepções, antecipar riscos e sustentar relacionamentos estratégicos. Ademais, integra diferentes canais e evidências para orientar decisões que preservam confiança e credibilidade ao longo do tempo.
É importante pontuar que, ao pensar o que é Relações Públicas (RP), nos deparamos com um desses conceitos com variadas interpretações.
No contexto organizacional, contudo, podemos ver RP como uma série de processos de comunicação estratégica. Especialmente voltado para construir relacionamentos mutuamente benéficos entre instituições e seus públicos.
Ao pensar sobre o que é RP, também é válido remeter ao conjunto de atividades que busca estabelecer e manter compreensões entre uma empresa e seus stakeholders. Dos funcionários à opinião pública em geral, passando por clientes, acionistas e por aí vai.
A compreensão dessa área vai ficando ainda mais clara quando olhamos para as atribuições do profissional de RP. Ele se encarrega de conectar as empresas a seus públicos. Faz isso a partir de uma visão ampla do negócio para traçar estratégias eficazes de identificação e conexão.
São diversas as frentes nas quais gestores, analistas e operadores de RP atuam:
- planejamento de diálogo com stakeholders;
- assessoria e monitoramento de imprensa;
- relacionamento com agentes midiáticos, governamentais e sociais;
- estrutura e execução de eventos;
- pesquisa de tendências de mídia e opinião pública;
- gestão e gerenciamento de crises reputacionais;
- entre outras.
Para fazer um bom trabalho, uma equipe de RP precisa entender bem as organizações e os públicos com os quais atuam. Dessa forma, consegue construir ativos simbólicos e práticos que fortalecem os relacionamentos em curto, médio e longo prazo.
Em suma, estamos falando de uma disciplina, mas também de uma área de estudos e de uma profissão. Que, aliás, nunca foram tão importantes quanto são hoje – como você vai ver em seguida.
Como surgiram as Relações Públicas?
O entendimento sobre o que é RP também deve vir da história.
Embora práticas semelhantes existissem desde a antiguidade, foi no início do século XX, nos Estados Unidos, que se estruturam as Relações Públicas tais como conhecemos hoje. Elas surgiram da ampliação das tensões trazidas pela Revolução Industrial: as empresas e a sociedade de massa precisavam melhorar o diálogo.
O jornalista norte-americano Ivy Lee é considerado um dos pioneiros em RP.
Em 1906, com a criação da agência Parker & Lee, ele introduziu princípios como transparência e responsabilidade na divulgação de informações. Sua "Declaração de Princípios" defendia a importância de relatar fatos verdadeiros, revolucionando a prática da época.
Edward Bernays, sobrinho de Sigmund Freud, também deixou sua marca.
Considerado o pai das Relações Públicas modernas, Bernays aplicou conceitos de psicologia para influenciar a opinião pública. Em 1923, ele publicou "Crystallizing Public Opinion", primeira obra teórica da profissão.
No Brasil, o surgimento das Relações Públicas é creditado à criação do primeiro departamento da área na companhia Light, em 1914. Por aqui, Eduardo Pinheiro Lobo, líder dessa iniciativa, é reconhecido como o patrono da profissão.
A partir dos anos 1950, RP ganha ainda mais espaço com a fundação da Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP). Ao mesmo tempo, são criados os primeiros cursos universitários.
Quanto à regulamentação da profissão de Relações Públicas, ela veio em 1967 com a Lei nº 5.377.
Quais são os diferentes tipos de RP?
É interessante saber também que existem diferentes tipos de Relações Públicas. Elas são classificadas, normalmente, para organizar a atuação da área conforme os stakeholders estratégicos.
Essa divisão não é rígida. Contudo, ajuda a conectar objetivos de negócio, canais e métricas. Dessa forma, facilita o planejamento e a mensuração de resultados.
Confira, a seguir.
Relações com a mídia
As Relações Públicas voltadas para a mídia concentram o diálogo com veículos jornalísticos e influenciadores com credibilidade. Elas envolvem pautas, releases para a imprensa, entrevistas e respostas a demandas espontâneas. Além disso, exigem monitoramento contínuo de citações e análise de sentimento.
Dessa forma, a área protege e fortalece a reputação em espaços de alta relevância e visibilidade pública.
Relações com clientes
Já as Relações Públicas com foco nos clientes aproximam a estratégia das experiências de consumo.
Aqui entram comunicações institucionais em canais de atendimento, programas de fidelidade e comunidades de usuários. Também inclui gestão de reclamações sensíveis, depoimentos e histórias de sucesso.
O objetivo desse tipo de RP é sustentar confiança, reduzir atritos e ampliar defensores da marca.
Relações com investidores
Relações com investidores tratam da comunicação com acionistas, analistas e mercado financeiro.
Nessa frente, RP apoia divulgações de resultados, fatos relevantes e encontros com stakeholders financeiros. Além disso, contribui para explicar estratégias, riscos e compromissos ambientais, sociais e de governança.
A missão principal é fortalecer a percepção de transparência e responsabilidade perante importantes agentes de mercado.
Relações governamentais e institucionais
Relações governamentais e institucionais focam a interlocução com poderes públicos, reguladores e entidades setoriais. Incluem participação em consultas, audiências, associações e fóruns de política pública.
Basicamente, esse braço de RP monitora agendas sensíveis e antecipa impactos regulatórios. Com isso, ajuda a alinhar posicionamentos corporativos ao ambiente institucional.
Relações com colaboradores
Relações com colaboradores conectam RP à comunicação interna.
É uma atuação que abrange informativos, campanhas de engajamento, rituais de reconhecimento e escuta estruturada. Ademais, envolve preparar lideranças para dialogar com equipes em momentos críticos.
O resultado é maior alinhamento entre discurso externo e vivência cotidiana.
RP digital e redes sociais
RP digital e redes sociais articulam presença institucional em ambientes online.
Nessa vertente, a área acompanha conversas, identifica riscos emergentes e ativa conteúdos estratégicos.
Além disso, integra dados de diferentes plataformas para entender tendências de opinião. Assim, torna a gestão de reputação mais ágil, mensurável e orientada por evidências.
RP comunitária
Já RP comunitária aproxima a organização de comunidades vizinhas.
Envolve iniciativas locais, diálogo permanente e prestação básica de contas transparentes. Tudo para gerar confiança duradoura.
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TIPOS DE RELAÇÕES PÚBLICAS |
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Público principal |
Foco da atuação |
Objetivo estratégico |
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Relações com a mídia |
Jornalistas e veículos |
Pautas, releases, entrevistas e monitoramento |
Ampliar visibilidade e proteger a reputação pública |
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Relações com clientes |
Consumidores e usuários |
Comunicação institucional e gestão de percepções |
Sustentar confiança e fortalecer relacionamento |
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Relações com investidores |
Acionistas e analistas |
Divulgação de informações e transparência |
Reforçar credibilidade no mercado financeiro |
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Relações governamentais e institucionais |
Órgãos públicos e entidades |
Diálogo regulatório e posicionamento institucional |
Antecipar riscos e influenciar agendas relevantes |
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Relações com colaboradores |
Funcionários e lideranças |
Comunicação interna e engajamento |
Alinhar cultura, discurso e prática organizacional |
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RP digital e redes sociais |
Públicos online e comunidades digitais |
Monitoramento, análise e gestão de conversas |
Gerir reputação em tempo real com dados |
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RP comunitária |
Comunidades locais |
Diálogo territorial e iniciativas sociais |
Construir legitimidade e confiança duradoura |
Quais são os principais desafios de Relações Públicas que as empresas enfrentam atualmente?
Não faltam hoje em dia dilemas relacionados às Relações Públicas. Veja, a seguir, os que necessitam de maior atenção do seu time.
Convergência midiática
É o fenômeno pelo qual diferentes tipos de mídia, como televisão, rádio, jornais e mídias sociais, estão se fundindo em plataformas únicas. Ele acontece principalmente pelas facilidades técnicas da internet, que proporcionam um alto volume de produção e reprodução de conteúdos.
Essa realidade cria dificuldades para as organizações manterem sua própria narrativa sob controle. Afinal, elas têm que adaptar continuamente sua estratégia comunicacional para atender a diferentes canais e públicos.
Volatilidade da opinião pública
O debate coletivo agora muda rápida e constantemente, pois todas as pessoas são consumidoras e produtoras de opinião. E nem sempre as pessoas mais qualificadas são as que emitem juízos e críticas.
Diante disso, muitas organizações sofrem constantes ataques e "cancelamentos". E veem essas investidas crescendo a cada hashtag sem que haja tempo hábil, ou espaço equivalente, para emitir esclarecimentos ou se comprometer com mudanças de posicionamento.
Bolhas de informação e ideologia
Criadas pelos algoritmos de mídia social, que mostram conteúdo baseado nas preferências do usuário, as bolhas informacionais e ideológicas também são ameaças à imagem das companhias.
Elas reúnem grupos de pessoas que compartilham opiniões e crenças similares, sem muito espaço para o contraditório. Com isso, formam o cenário perfeito para que convicções nem sempre amparadas na razão se solidifiquem — no extremo, gerando polarização e intolerância.
Como consequência, a maioria das polêmicas que envolvem setores inteiros e empresas específicas são gestadas e alimentadas nessas comunidades. Inclusive pela ação deliberada de influenciadores e líderes de opinião com fins que vão desde a formação de público cativo até a destruição de reputações.
Alta concorrência por posicionamento web
Com o aumento do uso da internet, há uma alta disputa entre empresas para se posicionarem bem nos mecanismos de busca e nas mídias sociais.
Isso é muito desafiador, já que as marcas precisam se destacar entre muitas outras que estão competindo pela atenção. Em síntese, elas precisam produzir conteúdo valioso continuamente, interagir com públicos em tempo real, lidar com constantes mudanças nos algoritmos, entre outras atividades.
→ Dê o play no vídeo a seguir e amplie suas perspectivas quanto aos novos desafios comunicacionais e de RP:
Qual o papel das Relações Públicas no mundo corporativo?
Para nos aprofundarmos mais em nosso objetivo de entender o que é Relações Públicas, vejamos como essa área se desempenha no ecossistema dos negócios.
Basicamente, os profissionais de RP tratam de influenciar, envolver e construir relacionamentos com stakeholders. Isso tudo para moldar e enquadrar a percepção pública de uma organização.
No detalhe, as estratégias de RP normalmente abrangem:
- antecipar, analisar e interpretar a opinião pública, atitudes e questões que possam ter impacto, para o bem ou para o mal, nas operações e planos das companhias;
- aconselhar os boards executivos com relação a decisões, ações e comunicações — incluindo comunicações de crise — levando em consideração as ramificações públicas e as responsabilidades sociais ou de cidadania das corporações;
- contribuir para a construção, manutenção e proteção do legado reputacional das empresas e seus porta-vozes;
- pesquisar, conduzir e avaliar, de forma contínua, programas de ação e comunicação para alcançar o entendimento público informado, necessário para o alcance dos objetivos estratégicos;
- planejar e implementar os esforços da organização para influenciar e até mudar políticas públicas;
- evitar que segmentos de mercado sensíveis à visão coletiva sejam "penalizados" com regulações e legislações que dificultem as atividades empresariais;
- supervisionar a criação de conteúdo para, entre outras finalidade, impulsionar o envolvimento de clientes e prospects com os produtos e serviços ofertados;
- e muito mais.
Quais são os benefícios das Relações Públicas para uma empresa?
A equipe de Relações Públicas oferece, com suas estratégias e ações, uma série de vantagens à organização. A seguir, confira algumas das mais significativas.
Posicionamento e reconhecimento de marca
O posicionamento é a forma como a empresa é percebida, a imagem que se cria na mente das pessoas sobre ela. Já o reconhecimento é a capacidade da companhia de ser identificada pelo público — o quanto se identifica e associa a marca a determinados valores, produtos ou serviços.
O alcance disso tem muito da contribuição de um bom time de Relações Públicas. Por exemplo, através de campanhas de conscientização para causas sociais relevantes, o que denota uma organização responsável e comprometida com questões da sociedade.
Além disso, RP também pode contribuir para o reconhecimento de marca através da organização de eventos para lançar novas ofertas, ajudando a aumentar a visibilidade e a atrair novos clientes.
Aumento da credibilidade da marca
A confiança desempenha um papel crucial no sucesso de qualquer negócio. Com isso em mente, os profissionais de RP buscam preencher possíveis lacunas de confiabilidade entre a empresa e seus públicos de interesse.
Fazem isso implementando estratégias de potencialização de credibilidade da empresa com seu setor específico e também perante a sociedade em geral.
Imagine uma indústria de alimentos orgânicos certificada junto aos órgãos reguladores. Ela vai precisar divulgar essa certificação, mas isso nem sempre é suficiente.
Neste caso, RP pode sugerir a divulgação dos processos de produção e ingredientes através de vídeos e fotos nas redes sociais. Também é interessante convidar importantes jornalistas para visitarem a fábrica e mostrar ao público a seriedade do negócio.
Paralelamente, a companhia participa de feiras e eventos do setor para aumentar sua visibilidade e estabelecer relações com outras marcas e influenciadores do setor. Todas essas ações contribuem para solidificar a credibilidade da marca.
Blindagem da imagem corporativa
O mundo online permite que as pessoas falem sobre qualquer negócio, e elas com frequência fazem isso. Contudo, muitas vezes a disposição opinativa do público pode trazer sérias consequências para a sustentabilidade empresarial.
Com isso no horizonte, lideranças e analistas de RP trabalham continuamente para sedimentar a boa reputação. Assim, quando surgirem potenciais crises, as estruturas de confiança não desmoronam completamente.
Fazem isso de diversas formas, como criando conteúdo positivo e monitorando constantemente as menções na mídia online. Logo, conseguem rapidamente endereçar qualquer crítica negativa e manter a reputação sob controle diante de críticas, detrações, boatos e até fake news.
Por exemplo, uma empresa de tecnologia pode compartilhar artigos sobre as últimas tendências e inovações no setor, bem como cases de sucesso de clientes. Além disso, criar vídeos educativos e webinars para ajudar os clientes a entender melhor como usar seus produtos e serviços.
Ao fazer isso seguindo métodos de RP, a companhia está criando uma narrativa positiva em torno de sua marca e fortalecendo a confiança dos clientes em sua capacidade de fornecer soluções de qualidade.
Aumento de vendas, faturamento e lucratividade
Em complementaridade com Marketing, Comunicação e Comercial, os profissionais de Relações Públicas criam e distribuem mensagens que ressoem entre os clientes-alvo de maneira impactante.
Fazem isso de diversas maneiras, incluindo:
- munir a comunidade interna para garantir que as mensagens da empresa sejam consistentes e alinhadas com sua estratégia geral;
- trabalhar com agências de publicidade para desenvolver campanhas criativas para tornar os valores e a missão da marca mais entendíveis e agradáveis;
- se comunicar com jornalistas e meios de comunicação para obter cobertura positiva da empresa, seus produtos ou serviços;
- contratar influenciadores digitais para promover a marca através das redes sociais e outras plataformas online;
- estabelecer ações comunicacionais para atrair investidores e credores como apoio financeiro ao negócio.
Com isso, conseguem influenciar positivamente as estratégias de expansão mercadológica. O que resulta em atração e retenção de clientes, maior volume de negociações fechadas (em menos tempo, inclusive), redução de custos operacionais, aumento das vendas e da lucratividade.
Você sabia?
84% dos compradores B2B consideram que a reputação da marca influencia mais de 90% de suas decisões de aquisição de produtos e serviços.
Fonte: Harvard Business Review.
Como as Relações Públicas podem ajudar na gestão de crises?
Não dá para pensar sobre o que é RP sem pensar na forte atuação dos profissionais da área frente às crises de imagem.
Para refletir sobre isso, imaginemos uma companhia dentro do setor financeiro, altamente regulado. Combinemos que ela se chama Aurora Pagamentos e enfrentou um período de estremecimento reputacional.
Veja, nos tópicos que seguem, como o time de RP atuou.
Detecção precoce e preparação
Na Aurora Pagamentos, os primeiros sinais de crise de imagem surgiram como ruído nas redes e no atendimento.
A equipe de RP percebeu o padrão rapidamente. Além disso, cruzou menções, temas recorrentes e horários de pico. Assim, confirmou que havia risco real de escalada.
Antes do comunicado oficial, RP ativou o plano de crise com rotinas definidas. Em seguida, revisou ativos já preparados para reduzir improviso. Além disso, alinhou responsabilidades e prazos entre áreas críticas.
Dessa forma, a instituição ganhou tempo e consistência. Isso porque tinha bem definido:
- matriz de risco com gatilhos de escalonamento;
- lista de porta-vozes já treinados;
- perguntas e respostas com mensagens-base;
- fluxo de aprovação com prazos claros.
Governança e tomada de decisão
Quando a instabilidade virou notícia, a liderança pediu respostas imediatas. Por isso, RP estruturou uma sala de crise com comunicação, jurídico e operações. Além disso, definiu cadências de atualização para evitar versões conflitantes.
Ao fazer isso, as decisões saíram rápidas, porém coordenadas.
Na Aurora, o problema pioraria se cada área comunicasse isoladamente. Assim, RP centralizou a linha-mestra e orientou a execução por severidade. Além disso, bloqueou ordens paralelas e registrou decisões para rastreabilidade. Consequentemente, o time reduziu ruído interno e vazamentos.
Mensagens, transparência e porta-vozes
Na primeira hora, o time de Relações Públicas traduziu o incidente técnico em linguagem verificável e direta. Ao mesmo tempo, evitou promessas vagas e termos ambíguos.
Além disso, adotou princípios de transparência, empatia e responsabilidade. Com isso, a mensagem preservou confiança, mesmo sob pressão.
O principal porta-voz da Aurora Pagamentos foi preparado para imprensa e redes no mesmo ciclo. Por isso, respondeu com rapidez, porém mantendo precisão e consistência. Além disso, corrigiu boatos e distinguiu fatos confirmados de hipóteses em apuração.
Basicamente, a narrativa foi conduzida de modo a não deixar a marca “refém” da interpretação enviesada ou da deliberada ação negativa de terceiros.
Gestão de stakeholders, canais e pós-crise
A crise afetou clientes, funcionários, parceiros e, como não poderia deixar de ser, também reguladores. Por isso, RP segmentou stakeholders por impacto e influência, sem generalizar comunicações.
Além disso, foram ajustados canais e níveis de detalhe para cada público. Isso reduziu lacunas que alimentam especulação e desinformação.
Cada atualização tinha um ponto de contato e um próximo horário definido. Dessa forma, dúvidas foram canalizadas e prioridades ficaram claras. Além disso, as mensagens-chave foram repetidas com consistência em todos os canais. Consequentemente, o fluxo informacional voltou ao controle da instituição.
Enquanto a operação estabilizava, o departamento de Relações Públicas acompanhou volume de menções, alcance e sentimento. Mediu também velocidade de resposta e aderência às mensagens definidas.
Esses sinais orientaram ajustes e deram visibilidade para a liderança.
Depois do pico, RP conduziu lições aprendidas e revisou protocolos internos. Ademais, documentou decisões para governança e prevenção de recorrência. Por fim, apoiou a reconstrução reputacional com ações coerentes e comunicação baseada em fatos.
Assim, a confiança voltou gradualmente, sustentada por consistência.
[Passo a passo] Como implementar uma estratégia de RP?
Confira agora um passo a passo para estruturar e executar uma estratégia de Relações Públicas bem-sucedida.
Passo 1: Defina o objetivo e o papel de RP
Comece definindo o que RP precisa mudar no negócio e na reputação.
Em seguida, escolha um foco claro, como confiança ou legitimidade. Depois, descreva o papel de RP na jornada de stakeholders. Assim, você evita ações soltas e mede impacto.
Traduza o objetivo em uma frase operacional, que guie escolhas diárias. Paralelamente, alinhe o objetivo com liderança e áreas-chave.
Em síntese, faça com que RP alcance “mandato” e evite disputas internas.
Passo 2: Mapeie stakeholders por influência e risco
Liste públicos internos e externos e registre expectativas e tensões. Depois, avalie influência, proximidade e potencial de ativação em crises. Em seguida, priorize grupos críticos e defina metas por público.
Fazendo isso, você direciona mensagens, canais e cadência.
Use um mapa simples, com impacto e probabilidade de ativação. Além disso, identifique interlocutores, porta-vozes e pontos de atrito por público. Tudo para que a estratégia acompanhe as mudanças de contexto.
Passo 3: Estruture mensagens-chave e provas
Redija mensagens curtas, consistentes e alinhadas ao posicionamento corporativo. E conecte cada mensagem a evidências, dados e compromissos verificáveis.
Em seguida, defina argumentos para dúvidas recorrentes e temas sensíveis. Assim, a narrativa se sustenta sob escrutínio.
Passo 4: Organize governança e fluxos de aprovação
Defina responsáveis por conteúdo, validação e porta-vozes por tema. Em seguida, estabeleça prazos de aprovação e critérios para urgência.
Ademais, crie ritos com jurídico, produto e liderança. Isso dará condições para que seu time e os demais respondam rápido, porém sem contradições.
Passo 5: Implante monitoramento integrado e contínuo
Monitore imprensa, redes, influenciadores e fóruns online relevantes ao setor.
Consolide tudo em uma visão única, evitando silos de informação. Além disso, acompanhe picos, temas e mudança de tom.
Nessa altura, sua missão é detectar riscos e oportunidades em tempo hábil.
Também defina alertas para padrões atípicos e termos sensíveis ao negócio. E classifique menções por tema, veículo, influência e qualidade. Assim, você entende as causas, não apenas os volumes.
Passo 6: Defina indicadores e metas mensuráveis
Escolha parâmetros analíticos que conectem exposição, reputação e eficiência operacional. Além disso, acompanhe sentimento, temas, alcance e share of voice.
Faça com que essas metas sejam avaliadas por período e por público. Assim, você prova valor da área ao passo que tem meios para, sempre que necessário, ajustar prioridades.
Combine indicadores quantitativos e qualitativos, com critérios padronizados. Por exemplo:
- evolução de tom por tema prioritário;
- protagonismo em narrativas estratégicas;
- velocidade de resposta em eventos críticos.
Passo 7: Faça benchmarking competitivo e de setor
Compare o desempenho da sua marca com concorrentes e referências do segmento em termos de Relações Públicas.
Depois, identifique temas em que a marca perde relevância e credibilidade. Ademais, encontre espaços de diferenciação e narrativas não ocupadas. Isso vai te ajudar a orientar pautas, prioridades e investimentos com precisão.
Compare também líderes de opinião, veículos e comunidades que moldam o debate.
Faça isso buscando identificar lacunas de relacionamento e temas negligenciados. Dessa forma, você prioriza aproximações, reduz assimetrias e melhora a qualidade das menções no curto prazo sempre.
Passo 8: Planeje conteúdo e relacionamento com mídia
Crie um calendário editorial com temas estratégicos e momentos do negócio. Isso vai te ajudar a produzir ativos para imprensa e preparar porta-vozes.
Além disso, estabeleça rotinas de relacionamento e resposta a demandas. Sempre objetivando conquistar cobertura qualificada.
Estruture um banco de pautas com dados e ângulos noticiáveis. Além disso, mantenha um kit de fatos, números e posicionamentos aprovados. Assim, você ganha previsibilidade e confiança.
Passo 9: Integre comunicação interna e externa
Alinhe mensagens para equipes, liderança e mercado no mesmo horizonte. Em paralelo, explique o contexto e o papel de cada área na execução.
Além disso, quando fizer sentido, transforme as dúvidas internas em perguntas e respostas públicas. Faça isso para reduzir ruído e, ao mesmo tempo, fortalecer embaixadores internos.
Passo 10: Prepare gestão de crises e testes de prontidão
Crie matriz de riscos, gatilhos e níveis de severidade com responsáveis. Em seguida, mantenha mensagens-base e perguntas e respostas.
Também simule cenários e treine porta-vozes com frequência. Assim, você garante prevenção e, quando necessário, reação em tempo hábil e com consistência.
Inclua o que fazer nas primeiras duas horas do evento/episódio de crise. Além disso, defina canais oficiais e cadência de atualização.
Passo 11: Automatize relatórios e gere insights acionáveis
Padronize relatórios para diretoria com síntese e evidências rastreáveis.
Automatize alertas para variações críticas de tema e sentimento. Em seguida, traduza indicadores em recomendações práticas e priorizadas. Assim, RP ganha velocidade e influencia decisões.
Crie painéis para rotinas e para leitura executiva. Além disso, gere narrativas que expliquem o que mudou e por quê. Tudo para que as análises possam virar execução propositiva.
Passo 12: Revise, aprenda e reoriente a estratégia
Realize revisões mensais e trimestrais para comparar metas e resultados.
Nessas avaliações, busque identificar o que mudou na opinião pública e nos concorrentes.
Além disso, registre aprendizados, ajuste mensagens e refine o mapa de stakeholders. Sempre com vistas a fazer com que a estratégia evolua com o contexto.
Por fim, transforme revisões em decisões sobre parar, manter e escalar. Além disso, reequilibre investimentos entre reputação, mídia e relacionamentos críticos. Assim, sua área de Relações Públicas vai melhorar continuamente, com disciplina.
Quais tendências devem estar no radar dos profissionais de Relações Públicas?
Agora vamos olhar um pouco para frente: ver os movimentos que já estão influenciando o dia a dia dos especialistas em RP, e que devem se acentuar ainda mais daqui para frente. Confira nos tópicos a seguir.
Turbulência macroeconômica
A macroeconomia nacional e internacional deve seguir incerta, reverberando inclusive na reputação de muitas organizações. Sabendo disso, os investimentos em Relações Públicas devem ser incrementados.
E as previsões já apontam para isso: entre 2024 e 2027, a taxa anual de crescimento desse segmento deve ser de 5,7%, ultrapassando assim 133 bilhões de dólares globalmente, segundo a ReporterLink.
Employer Branding
À medida que a economia global segue desestabilizada, a retenção de talentos passa a ser uma preocupação latente para as companhias. E nisso também a área de Relações Públicas será ainda mais envolvida.
Dela se espera auxílio vertical na elaboração de narrativas convincentes de marca empregadora.
Com o objetivo de estar mais sintonizado com as necessidades dos funcionários, uma estratégia multifacetada por meio de comunicações internas e externas será essencial para manter a confiança, promover negócios bem-sucedidos e exibir responsabilidade moral.
Brand Publishing
Confiar apenas na mídia conquistada para criar uma estratégia abrangente de RP já não é mais recomendado. Isso porque as redações devem ficar ainda mais enxutas à medida em que a convergência midiática se acentua, o público se pulveriza e a Inteligência Artificial é incorporada — como destaca o Reuters Institute.
Daqui para frente, deve-se concentrar esforços na criação e manutenção de mídia própria. Isso, cada vez mais, vai requerer envolvimento de Relações Públicas na produção de artigos de blog, boletins informativos e postagens de mídia social, entre outras frentes.
É, na prática, a consolidação do objetivo de atingir o público desejado de forma orgânica, inclusive com menos necessidade de publicidade paga.
Conteúdo autêntico
Confiança e prova social já são tudo quando se trata de posicionamento e reconhecimento de marca.
A novidade é que, dia após dia, diferentes stakeholders têm esperado a criação de histórias autênticas — tanto que o mercado de produção de conteúdo deverá crescer a uma taxa anual de 18,4% até 2025, de acordo com a IndustryARC.
Assim, as marcas que desejam que as pessoas se movam precisam fornecer o tipo de conteúdo autêntico: não filtrado, com maior probabilidade de engajar. Por exemplo, apresentando perspectivas únicas sobre uma temática do universo do negócio; que tenham forte apelo social.
O mesmo vale para a obtenção de cobertura da imprensa (mais escassa, conforme já pontuamos): narrativas únicas ou com ângulos "irresistíveis" serão os responsáveis por bons relatórios de resultados de Relações Públicas.
Web3
Já está em curso a chamada Web3 — até pouco tempo tida como o “futuro da internet”. Ela, em síntese, reúne quatro pontos principais que a caracterizam:
- Descentralização de dados;
- Experiências imersivas e virtuais;
- Uma ênfase na privacidade do usuário;
- Construção comunitária.
“Na era do excesso de oferta de produtos, as marcas devem agradar aos usuários, não controlá-los. Com base nisso, as Relações Públicas devem ser mais voltadas para as pessoas do que já foram nas fases anteriores da internet”, já sinalizava um artigo popular da Hackernoon.
Em suma, nesta nova fase da rede mundial, a maior parte do diálogo com stakeholders precisa ser em tempo real, multiplataforma e com mais experiências imersivas — um grande desafio para profissionais de Comunicação e RP.
Data Storytelling
Equipes de Relações Públicas estão se tornando mais dependentes de dados. Para fundamentar estratégias, defender projetos e obter investimentos, mas sobretudo contar histórias atraentes para o mercado-alvo.
Dentro disso, as práticas em torno do Data Storytelling estão ainda mais necessárias e, portanto, precisam ser amadurecidas pelos profissionais da área. Eles precisarão desenvolver habilidades em narrativa digital, usando vídeo, infográficos e outras mídias digitais para comunicar mensagens recheadas de estatísticas, entre outros recursos amparados em dados.
Inteligência Artificial
A aplicação de Inteligência Artificial (IA) a tarefas criativas e de Relações Públicas finalmente atingiu seu "ponto de não retorno" em 2023. Ou seja, deixou de ser uma promessa e chegou ao alcance de todos — vide a popularização do ChatGPT.
O que já se sabe é que os algoritmos de IA podem ajudar a criar experiências digitais personalizadas ou a gerar conteúdo e recursos visuais. Mas muito mais pode ser construído, exigindo esforços de inovação das equipes de RP.
Globalização
Por fim, à medida que o mundo se torna mais interconectado, as Relações Públicas em empresas e instituições de todos os segmentos precisam ser mais globalizadas.
Isso implica, por exemplo, no desenvolvimento de habilidades para trabalhar com diferentes culturas e idiomas usando canais digitais para se comunicar com as partes interessadas em todo o mundo.
A princípio isso pode parecer algo restrito às companhias de capital aberto, mas não só. Basta olharmos para os movimentos dos últimos meses — e as projeções futuras — de integração da América Latina: eles vão exigir mais domínio do espanhol.
Da mesma forma, o protagonismo do Brasil na questão climática e nas negociações internacionais (acordo Mercosul-União Europeia, por exemplo). Ele vai requerer dos profissionais e os times de RP mais preparação no apoio estratégico às marcas e organizações que defendem.
RP orientada à descoberta em respostas de IA
A descoberta de marcas migrou para respostas geradas por IA, reduzindo cliques e alterando prioridades.
Por isso, RP ganha peso como “infraestrutura” de credibilidade, baseada em cobertura editorial.
→ Em julho de 2025, foram analisados mais de um milhão de links citados por ferramentas de IA. Nesse recorte, 95% das citações vieram de mídia não paga, segundo a Muck Rack.
Press releases com exigência maior de prova
A IA passou a citar comunicados com mais frequência, mas ainda privilegia fontes não pagas. Assim, times de Relações Públicas precisam elevar fatos, dados e rastreabilidade para sustentar cada afirmação.
→ Em atualização de dezembro de 2025, a Muck Rack registrou que citações de press releases cresceram cinco vezes desde julho. Ainda assim, 94% das citações seguiram vindo de fontes não pagas, mostra relatório publicado.
Governança de IA
No PRCA MENA AI in PR Report 2025, 92% dos entrevistados disseram usar IA de alguma forma. Além disso, 46% relataram uso diário.
A adoção de IA acelerou em RP, mas a lacuna de governança cria risco reputacional. Logo, políticas, revisão humana e critérios de uso precisam entrar no fluxo de comunicação.
Deepfakes e impersonação
Deepfakes baratearam a fabricação de evidências, pressionando resposta e verificação. Portanto, RP precisa operar com detecção, validação e alinhamento rápido com áreas jurídicas.
Há uma contínua expansão de impersonações convincentes com vídeo e áudio. Essas peças corroem a confiança no que se vê e ouve, como destaca a Full Fact.
FAQ – Perguntas frequentes sobre Relações Públicas (RP)
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1. O que significa RP?
RP significa Relações Públicas. É uma abreviação usada por profissionais da área no dia a dia. Além disso, aparece em documentos, e-mails e rotinas operacionais. Assim, facilita a comunicação interna e externa.
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2. O que é RP na internet?
Na internet, “RP” costuma se referir a RP digital, também chamada de Relações Públicas digitais. Ela foca presença institucional, relacionamento e reputação em canais online. Além disso, envolve imprensa digital, criadores de conteúdo e comunidades. Assim, amplia alcance e acelera respostas.
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3. RP é a mesma coisa que assessoria de imprensa?
Não necessariamente, porque assessoria de imprensa é uma frente específica. Já RP é mais amplo e envolve múltiplos públicos e canais. Ainda assim, as duas áreas se complementam no dia a dia. Assim, vale separar escopo e responsabilidades.
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4. RP é a mesma coisa que Comunicação Corporativa?
Não, embora os termos sejam próximos na prática. Comunicação Corporativa costuma abranger todas as frentes institucionais, internas e externas. Já RP é um conjunto de práticas centradas em relacionamento e reputação. Assim, RP pode ser um pilar dentro da Comunicação Corporativa.
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5. Como Relações Públicas (RP) e Comunicação Corporativa se complementam?
Comunicação Corporativa dá direção, narrativa e governança para a comunicação institucional. RP operacionaliza relacionamento, escuta e construção de credibilidade com públicos estratégicos. Além disso, RP ajuda a ajustar mensagens com base em percepções reais. Assim, a estratégia fica mais consistente.
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6. RP é a mesma coisa que Marketing?
Não, porque Marketing prioriza demanda e mercado, enquanto RP prioriza confiança e relacionamento institucional. Porém, as áreas funcionam melhor quando compartilham dados e mensagens. Além disso, alinhar objetivos evita ruído de posicionamento. Assim, o impacto tende a ser maior.
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7. RP é o mesmo que Publicidade?
Não, porque publicidade é mídia paga, com controle total do espaço. RP busca legitimidade e credibilidade, com influência indireta. Ainda assim, campanhas integradas podem combinar os dois. Assim, você equilibra alcance e confiança.
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8. Qual é a diferença entre RP, Comunicação Institucional e Comunicação Corporativa?
Comunicação institucional costuma focar posicionamento e identidade da organização. Comunicação Corporativa é mais abrangente e integra frentes internas e externas. RP concentra métodos de relacionamento e reputação com públicos específicos. Assim, os termos se diferenciam pelo escopo.
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9. RP serve apenas para grandes empresas?
Não, porque negócios menores também lidam com avaliações públicas e crises. Além disso, marcas pequenas dependem ainda mais de confiança local. Portanto, a escala muda, mas o princípio permanece. Assim, RP vira disciplina de sobrevivência.
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10. Quando faz sentido contratar uma agência de RP?
Faz sentido quando falta capacidade interna para relacionamento, monitoramento e rotina de reputação. Também ajuda quando há expansão, fusões ou exposição regulatória crescente. Além disso, acelera execução com métodos consolidados. Assim, você reduz curva de aprendizado.
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11. O que avaliar antes de contratar uma agência de Relações Públicas?
Avalie metodologia, transparência de entregas e capacidade de mensurar resultados. Além disso, cheque experiência no seu setor e perfil de relacionamento. Depois, peça exemplos de relatórios e processos de crise. Assim, você compra capacidade, não promessa.
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12. Como definir um orçamento de RP?
Defina o orçamento a partir de objetivos, riscos e volume de frentes ativas. Além disso, considere custos de monitoramento, conteúdo e treinamentos. Em seguida, ajuste pela criticidade do setor e exposição pública. Assim, o investimento fica proporcional ao risco.
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13. Relações Públicas (RP) podem ser terceirizadas integralmente?
Podem, porém exigem governança interna para decisões e aprovações. Além disso, porta-vozes e informações sensíveis ficam dentro da organização. Portanto, terceirize execução, mas mantenha direção estratégica interna. Assim, você reduz dependência.
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14. Quais entregáveis de RP são mais comuns?
Entregáveis comuns incluem planos, mensagens, press kits, roteiros de porta-voz e relatórios. Também entram mapeamentos de stakeholders e análises de cobertura. Além disso, são frequentes bancos de perguntas e respostas. Assim, você aumenta previsibilidade.
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15. Como medir resultados de RP sem “métrica de vaidade”?
Use indicadores conectados a temas estratégicos, qualidade de menção e mudança de percepção. Além disso, acompanhe participação em narrativas prioritárias, não só volume. Em seguida, compare evolução antes e depois de iniciativas. Assim, você mede efeito, não barulho.
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16. O que é “mídia espontânea” em RP?
É a cobertura conquistada, sem compra de espaço publicitário. Ela ocorre quando veículos ou criadores pautam a organização. Portanto, depende de relevância, evidência e relacionamento. Assim, credibilidade tende a ser maior.
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17. O que é “press kit” e quando usar?
Press kit é um conjunto de informações e materiais para jornalistas. Ele inclui fatos, dados, imagens e contatos. Use quando houver anúncio, posicionamento ou pauta recorrente. Assim, você reduz dúvidas e acelera apuração.
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18. O que é “media training”?
É o treinamento de porta-vozes para entrevistas, coletivas e situações críticas. Ele trabalha clareza, consistência e postura sob pressão. Além disso, simula perguntas difíceis e respostas objetivas. Assim, o risco de contradições diminui.
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19. O que é “Q&A” em RP?
É um documento de perguntas e respostas para temas sensíveis. Ele ajuda a padronizar mensagens e evitar improviso. Além disso, orienta atendimento, imprensa e liderança. Assim, a organização fala com uma só voz.
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20. Como RP se relaciona com Comunicação Interna?
RP contribui para alinhar discurso externo com o que colaboradores vivenciam. Além disso, transforma temas públicos em orientações claras para equipes. Em momentos críticos, RP apoia líderes a comunicar com consistência. Assim, reduz ruído e fortalece confiança.
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21. Como RP se relaciona com ESG?
RP ajuda a comunicar compromissos e evidências, evitando mensagens genéricas. Além disso, estrutura prestação de contas e diálogo com públicos críticos. Portanto, reduz risco de acusações de incoerência. Assim, a confiança depende mais de fatos.
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22. O que é “gestão de reputação” no dia a dia?
É acompanhar percepções, temas e riscos, com cadência e critérios. Além disso, envolve corrigir ruídos e reforçar coerência entre discurso e prática. Portanto, não é projeto pontual, mas rotina. Assim, reputação vira ativo gerido.
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23. RP pode ajudar no recrutamento e retenção?
Pode, porque reputação influencia atração de talentos e permanência. Além disso, mensagens consistentes entre público externo e interno reduzem fricção cultural. Portanto, RP pode apoiar a marca empregadora. Assim, melhora-se a coerência percebida.
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24. O que é “gestão de issues” em RP?
É o acompanhamento de temas públicos que podem virar crise ou regulação. Envolve mapear sinais, atores e narrativas em disputa. Além disso, define posicionamento e ações preventivas. Assim, você antecipa, em vez de reagir.
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25. Como RP ajuda na prevenção de crises?
RP identifica sinais, organiza governança e prepara mensagens com antecedência. Além disso, treina porta-vozes e define cadência de atualização. Em seguida, centraliza informações para evitar versões divergentes. Assim, a resposta fica rápida e consistente.
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26. Como lidar com desinformação envolvendo a marca?
Valide fatos rapidamente e publique correções em canais oficiais. Além disso, centralize mensagens para evitar versões divergentes. Depois, registre evidências e mantenha cadência de atualização. Assim, você reduz espaço para boatos.
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27. Profissionais de RP devem responder a toda crítica nas redes?
Não, porque algumas interações só amplificam ataques coordenados. Porém, críticas legítimas pedem resposta, especialmente quando afetam confiança. Portanto, use critérios de impacto, alcance e risco. Assim, você prioriza com inteligência.
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28. Como escolher porta-vozes por tema?
Escolha quem domina o assunto e sustenta mensagens com evidências. Além disso, avalie disponibilidade e maturidade para perguntas difíceis. Em seguida, defina suplentes para continuidade. Assim, você reduz dependência de uma pessoa.
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29. IA pode substituir profissionais de RP?
IA automatiza tarefas, porém não substitui julgamento, contexto e responsabilidade. Além disso, decisões reputacionais envolvem ética e consequências institucionais. Portanto, use IA para ganhar escala com governança. Assim, você melhora eficiência sem perder controle.
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30. A estratégia de RP precisa considerar a LGPD?
Sim, porque comunicação pode envolver dados pessoais e bases legais. Além disso, crises e atendimentos podem expor informações sensíveis. Portanto, alinhe processos com jurídico e privacidade. Assim, você reduz risco regulatório e reputacional.
Relações Públicas atuam na construção de imagem e reputação organizacional
Amarrando tudo o que vimos até aqui, vale a pena refletirmos sobre como as Relações Públicas favorecem a construção simbólica e reputacional dos negócios.
Lembremos que a imagem corporativa é a forma como a empresa é vista pelo público, enquanto a reputação é a percepção que as pessoas têm dela em relação a sua credibilidade e confiabilidade.
Ambas são fundamentais para o sucesso e a sustentabilidade dos negócios, pois influenciam diretamente:
- na escolha dos consumidores;
- na forma como os órgãos reguladores veem a companhia e o segmento no qual ela atua;
- no teor e na intensidade da cobertura jornalística sobre a marca, seus produtos e serviços;
- no valor de mercado da empresa, inclusive impactando as negociações de ações;
- na disponibilidade de obtenção de investimentos e crédito;
- entre muitas outras frentes.
Por tudo isso, e diante dos diversos desafios atuais, nenhuma empresa pode se dar ao luxo de não saber o que é Relações Públicas e não ter uma estratégia minimamente estruturada.
Que tal, nós conseguimos te mostrar o que é RP (Relações Públicas) e ampliar sua visão sobre a área?
Sobre a Cortex
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