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Na América Latina, 45% dos usuários de internet usam bloqueadores em seus desktops ou celulares para driblar as exibições de anúncios, segundo o Social Media Today.
Esse é um dos principais pontos a favor do marketing de influência dentro de uma estratégia de comunicação integrada.
Isso porque o trabalho com produtores de conteúdo pressupõe que o público escolheu acompanhar aquele profissional. Então, a mensagem da empresa chegará aos seguidores de forma orgânica, não sendo bloqueada como propaganda. Além disso, o influenciador sabe como falar com a sua audiência, quais mensagens e formatos engajam mais.
Deve ser por isso que 52% dos brasileiros seguem algum influenciador digital, de acordo com um estudo do Kantar Ibope.
Porém, como escolher o melhor influenciador para fechar uma parceria? Alguns profissionais de comunicação acreditam que o número de seguidores é o fator mais importante. No entanto, nem sempre essa é a melhor estratégia.
A verdade é que, muitas vezes, a quantidade de seguidores do influenciador não é proporcional ao nível de engajamento no perfil. Pelo contrário, quanto maior for o público, menor será essa taxa, segundo uma análise da Marketly.
Por isso, dependendo dos objetivos da empresa, os microinfluenciadores são uma boa escolha.
Neste blog post, você descobrirá o que são e quando contratar microinfluenciadores. Você também irá saber quais são as vantagens que esse perfil de profissional entrega. Continue lendo!
Antes de definirmos os microinfluenciadores, é importante entender o contexto em que eles estão inseridos. Por isso, veremos a seguir como o brasileiro se comporta nas redes sociais.
Existem mais de 250 mil produtores de conteúdos de pequeno porte no Brasil, segundo a NetCos.
Sendo assim, as áreas de Comunicação das empresas têm um campo de trabalho extenso pela frente.
Mas em que canais eles estão? Principalmente no Youtube e no Instagram. Entenda o motivo:
Somos o segundo país com o maior número de usuários do YouTube (69,5 milhões), sendo os Estados Unidos (167,4 mi) o primeiro do ranking, segundo o World Atlas.
Em 2017, 95% da população online brasileira já assistia a vídeos no YouTube, de acordo com o relatório Think With Google.
No Instagram, também ocupamos o segundo lugar do pódio, com 66 milhões de usuários. Novamente, ficamos atrás apenas dos EUA, segundo dados do Statista.
Em 2018, 63% dos brasileiros entravam no Instagram várias vezes ao dia, de acordo com a Opinion Box. A frequência foi ainda maior entre os jovens com idade de 16 a 29 anos.
São aqueles que têm entre 10 mil e 100 mil seguidores em suas redes sociais. Além disso, é comum que seus conteúdos atendam um nicho bem específico.
Isso influencia positivamente as taxas de engajamento, maiores do que as dos megainfluenciadores, com milhões de seguidores.
Vale ressaltar que, embora o prefixo “micro” se refira a um porte pequeno, ainda tem um perfil menor dentro da produção de conteúdo. Como mostra a imagem abaixo, da Influency.me, também existem os nanoinfluenciadores, com menos de 10 mil seguidores.
O microinfluenciador é, então, um produtor de conteúdo que ainda está no início de sua carreira. Porém, seu trabalho já rende frutos, como:
Como vimos, um grande número de seguidores não é garantia de engajamento alto. Muitas vezes, os microinfluenciadores têm uma audiência mais fiel do que aqueles que são gigantes na internet.
Repare nesses dados:
Esses dados foram registrados em um levantamento da agência de influência BR Media Group. Importante falar também que, de acordo com uma pesquisa da ExpertVoice:
Essa confiança e fidelidade dos seguidores vem de uma relação muito mais próxima dos microinfluenciadores com aqueles que os acompanham.
Isso porque é muito mais fácil para eles responder comentários e atender sugestões do público do que aqueles mais famosos, cujo volume de mensagens recebidas é muito maior.
Coloque-se então no lugar dos seguidores. Em quem você confiaria mais? Naquela pessoa que interage contigo, ou naquele que nem terá tempo de olhar suas mensagens?
A Old Spice é uma marca de desodorantes, shampoos e sabonetes masculinos que faz parte da Procter & Gamble (P&G). Em 2016, foi feita uma série de campanhas para ampliar o brand awareness da marca.
Então, uma das iniciativas da Old Spice foi lançar a coleção de produtos “Hardest Working”. Para a divulgação deste lançamento, foi contratado um grupo de mais de 100 microinfluenciadores. Os posts da campanha mostravam homens de 18 a 40 anos usando os produtos da nova linha. Os resultados foram impressionantes:
A liberdade de serem autênticos foi determinante para a performance dos influenciadores no projeto. Aliás, isso é algo que empresa contratante deve ter sempre em mente.
Isso porque, tão importante quanto passar o briefing é deixar o influenciador se comunicar à sua maneira. Afinal, ele já conhece seu público e desenvolveu com ele uma forma de se comunicar única.
Por isso, manter a autenticidade é fundamental. Porém, isso não significa perder de vista as mensagens centrais que a companhia deseja transmitir.
Outro fator decisivo na escolha de microinfluenciadores para uma ação de comunicação são os valores cobrados por publipost. Podemos, portanto, ter uma noção básica disso com esta tabela da Influency.me referente ao mercado norte-americano, que os classifica em três faixas:
Entendemos, assim, que o investimento financeiro nesse perfil de produtores de conteúdo é menor do que seria pago às celebridades. Junto com um alto engajamento comprovado podem ser o caminho para que a empresa tenha um ROI positivo nas suas ações de marketing de influência.
Ou seja, ao dividir o retorno dessas iniciativas pelo valor pago ao microinfluenciador, é muito provável que o resultado seja animador.
Então você deve estar se perguntando agora: por que pagar a mais por um influenciador famoso? Entenda a seguir o papel de cada tipo de perfil nas estratégias de comunicação.
A resposta para essa pergunta é simples: depende do objetivo da marca. Vamos então entender mais a fundo para quais ações de comunicação cada um deles é mais indicado?
Eles entregam engajamento e confiança através de seu relacionamento mais próximo com os seguidores. Por isso, trabalhar com microinfluenciadores é uma jogada inteligente para ações de vendas
Quer um exemplo real? Em 2010, quando o marketing de influência ainda não tinha a força que tem hoje, a Ford realizou uma ação com microinfluenciadores com objetivo de vender mais o Ford Fiesta. Dessa forma, o primeiro passo da empresa foi ceder 100 destes carros a consumidores pelo período de seis meses.
Em seguida, cada um desses produtores de conteúdo deveria completar uma missão diferente com o veículo a cada mês. Os vídeos foram divididos em capítulos e depois lançados no YouTube. Os resultados da campanha foram excelentes:
Perfis mais populares — macro e megainfluenciadores —, por sua vez, oferecem um maior alcance e prestígio para a contratante. Sendo assim, são indicados para ações de awareness. Geralmente são escolhidos nos seguintes casos:
Nessas situações, métricas como impressões e alcance são determinantes para medir o ROI da ação. No entanto, interações e comentários positivos da audiência durante a campanha também devem ser considerados.
Em 2019, para lançar sua coleção de outono/inverno, a Riachuelo criou a campanha #DoSeuJeito. Para o projeto, contrataram o jornalista Evaristo Costa e o Padre Fábio de Mello, dois megainfluenciadores.
E por que a marca optou pelos dois? Porque queria aproveitar a relevância de ambos para falar do lançamento. A campanha rendeu os seguintes resultados:
Ao contratar microinfluenciadores, as marcas precisam inseri-los dentro do planejamento de comunicação. Existem duas maneiras de fazer isso. São elas:
Neste caso, os microinfluenciadores são pagos para fazer campanhas ou ações com foco na promoção de um produto, serviço ou marca. Sabe quando você vê um conteúdo nas redes sociais com a hashtag “ad”, “publipost”, entre outras variantes? Trata-se, portanto, de um exemplo de mídia paga.
Também é possível firmar parcerias sem vínculo financeiro. Isso acontece porque, muitas vezes, a promoção de um produto ou serviço pode acarretar ao influenciador visibilidade, prestígio, acesso a eventos, entre outros benefícios.
O melhor dos mundos para uma empresa é quando um microinfluenciador divulga a marca pela primeira vez de forma espontânea. Por isso, entende-se que esse espaço no perfil do produtor de conteúdo foi conquistado.
Descobrir essas menções orgânicas e encontrar os influenciadores promotores da marca é mais fácil com o monitoramento integrado de mídias. Entenda melhor esse conceito no próximo tópico.
Não é o bastante encontrar um microinfluenciador com boas métricas. Como vimos, é preciso que o produtor de conteúdo esteja em sintonia com a empresa.
Um dos caminhos para encontrá-lo é ver quem segue o perfil da marca nas redes sociais. Você já deve ter alguns microinfluenciadores te seguindo e promovendo espontaneamente o que você vende. Procure então oficializar essa relação, pois os frutos podem ser ainda melhores.
Outra opção é contratar soluções que facilitem esse match.. Nelas, é possível conhecer a fundo o perfil dos produtores de conteúdo.
Tenha cuidado com a escolha dos influenciadores da marca. Isso porque eles irão representar a sua empresa nas redes sociais. A partir do momento que se firma a parceria, as imagens das duas se associam.
Sendo assim, se a sua empresa escolher alguém que já sofreu — ou ainda está vivendo — uma crise de imagem, a reputação da companhia pode ser afetada.
Porém, mesmo que isso não tenha acontecido, continue observando como o microinfluenciador se porta nas redes. Desse modo, dá para agir mais rápido em caso de alguma potencial crise.
Por isso, procure usar plataformas de monitoramento de mídias. Elas integram redes sociais, veículos de imprensa e todo o tipo de informação que reflete na reputação e visibilidade corporativa.
Assim, você analisa não só os efeitos da parceria com o microinfluenciador na sua empresa como também vê os resultados do seu trabalho. Isso inclui, por exemplo, menções nas redes sociais e principais portais de notícias.
Em conclusão, em empresas que visam um bom engajamento em um público nichado, investir em microinfluenciadores é vantajoso. Isso porque eles:
No entanto, o sucesso de uma ação de marketing de influência depende da sintonia entre os dois lados envolvidos nessa estratégia. Por isso, a escolha do microinfluenciador deve ser estratégica.
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