A combinação entre agências de Comunicação e Big Data vem sendo uma parceria cada vez mais consolidada e necessária nos dias atuais. Isso porque a Comunicação na era digital precisa ser adaptável, rápida e preditiva para fazer frente às flutuações de demanda do Mundo VUCA.
E sem uma tecnologia sofisticada de armazenamento e análise de dados como o Big Data a situação fica mais difícil.
O trabalho das agências de Comunicação, assim como toda a área de Relações Públicas e Assessoria de Imprensa, vem sendo profundamente transformado pela era dos dados. Paradoxalmente, nunca foi tão fácil e ao mesmo tempo tão difícil o ato de comunicar.
Fácil porque há inúmeros canais que permitem a disseminação de mensagens em tempo real, para qualquer parte do mundo. Por outro lado, devido ao excesso e à complexidade de informações que surgem a todo instante, um pequeno ruído na comunicação é capaz de gerar grandes estragos.
Para se ter uma ideia, 30% das empresas veem suas crises se tornarem globais em menos de uma hora, segundo o Mentionlytics. Fazer com que uma mensagem atinja as pessoas certas da forma pretendida é, portanto, um grande desafio nos dias de hoje.
Portanto, neste artigo falaremos de como as agências de Comunicação estão usando o Big Data para entregar um trabalho de ainda maior valor para seus clientes.
Então, como o Big Data pode ajudar na nova era da comunicação? Primeiro vamos à definição desta tecnologia. De acordo com a Gartner:
“Big data são ativos de informações de alto volume, alta velocidade e/ou alta variedade que exigem formas inovadoras e econômicas de processamento de informações que permitem uma visão aprimorada, tomada de decisão e automação de processos”.
Assim, somente uma tecnologia com essa capacidade pode ajudar profissionais de comunicação a armazenar e interpretar dados relevantes para as empresas com que trabalham. Informações essas extremamente complexas e que surgem em uma velocidade impressionante.
Esse cenário de transformação digital vem exigindo um novo papel das agências de Comunicação e dos profissionais de relações públicas. Cada vez mais as assessorias de imprensa estão se sentindo pressionadas a remodelar seus métodos tradicionais de trabalho.
Todas as maiores agências de Comunicação do mundo já utilizam ferramentas tecnológicas ou criam parcerias para oferecer serviços estratégicos como mensuração e analytics para seus clientes.
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos revelou que 66% das empresas de RP já estão parcial ou totalmente avançadas na utilização de ferramentas de comunicação tecnológica.
E é essa vertente inovadora das agências que, em grande medida, tem feito com que os clientes percebam valor nelas e decidam contratá-las. A fala do head global de Comunicação da Visa, Paul Cohen, exemplifica bem isso:
“Nós estamos compensando de forma crescente as agências por sua perspectiva a respeito de novas tendências, porque internamente você se pega preso às prioridades do dia ou da semana”, resumiu Cohen em entrevista à PR Week em 2018”.
E quais são as tendências para as agências de Comunicação nessa nova era da comunicação?
Dessa forma, tendo em vista esse contexto, podemos dizer que a adoção de tecnologias está criando um novo padrão nas agências. Listamos 5 tendências que estão transformando a área e tornando as assessorias muito mais relevantes para seus clientes.
Quando se atende a grandes marcas, é comum receber um numeroso volume de demandas da imprensa. Geralmente os repórteres recorrem às agências para pedir indicação de fontes para as matérias que estão produzindo.
Esse atendimento é chamado de reativo. Mas ainda que garantam sua exposição na imprensa só com esse tipo de atendimento, as grandes empresas costumam cobrar das assessorias que ofereçam pautas para a mídia de forma proativa.
Para as marcas cuja reputação ainda está sendo construída na mídia, esse trabalho se torna mais importante. Nesses casos, se não houver uma ação proativa, o trabalho de RP gera pouco ou nenhum valor. De forma geral, todas as empresas querem estar no chamado agendamento temático.
Se você se formou em jornalismo, é bem provável que tenha tido contato com o conceito de agenda setting nas aulas de teoria da comunicação.
Sua premissa é de que a mídia pauta o que a sociedade discute. Ou seja, os assuntos mais relevantes para as pessoas são os que estão em evidência na cobertura jornalística.
Mas na prática, muitas agências de Comunicação encontram dificuldade de acompanhar de forma sistemática esse agendamento temático. Dependendo do tamanho da assessoria, um mesmo profissional pode atender a várias contas diferentes.
É daí que começa a aparecer a relevância da parceria entre agências de Comunicação e Big Data.
Portanto, em razão do volume de atividades que precisa desenvolver paralelamente para cada um desses clientes, essa visão mais estratégica de como inseri-los no que está em pauta na mídia acaba prejudicada. Perde-se a oportunidade de dar visibilidade aos clientes.
Em suma, o trabalho de analisar as discussões em destaque nos veículos online e offline demanda uma dedicação de tempo e esforço que gera uma grande sobrecarga aos assessores.
Por isso, cada vez mais assessorias têm visto no uso de Big Data um caminho para tornar esse mapeamento da agenda temática mais efetivo.
Nesse caso, a tecnologia faz o trabalho pesado (a identificação automatizada dos temas emergentes na imprensa). E o profissional se concentra apenas na parte estratégica de proposição de pautas.
Podemos dizer que a maior eficiência do atendimento proativo é um primeiro benefício do monitoramento do agendamento temático. Existe uma outra camada mais estratégica nesse trabalho capaz de levar as agências de Comunicação para outro patamar.
Um problema enfrentado em grande parte das assessorias hoje é a falta de visibilidade para trabalhar de forma sistemática oportunidades e ameaças para o cliente considerando o que está em destaque na mídia.
Como consequência, muitas vezes os assessores de imprensa não conseguem fazer o gerenciamento de crise das empresas que atendem, identificando assuntos que poderiam representar uma ameaça para a imagem dessas marcas.
Uma atuação que permita às agências planejar ações estratégicas a partir do agendamento temático é algo que vem sendo possibilitado pela adoção de tecnologias e analytics.
Assim, estão transformando a percepção sobre seus serviços, passando a ser vistas como verdadeiras áreas de Inteligência de Comunicação. E sendo recompensadas por isso pelos seus clientes.
Agências de Comunicação precisam lidar com diferentes públicos em seu dia a dia. Não são apenas clientes e jornalistas, mas também:
Acompanhar esses públicos somente com apoio dos métodos antigos – baseados na capacidade de relacionamento interpessoal de seus jornalistas – pode ser um erro fatal para as agências na era dos dados.
Por isso, no mundo todo, as agências estão adotando estratégias de comunicação empresarial baseadas em dados para se conectar com seus diferentes públicos de forma mais efetiva.
Utilizando inteligência de dados, têm acesso a informações como, por exemplo, a criação de novos projetos de lei que podem estar relacionados com a área de atuação ou de interesse de seus clientes.
Com essas informações em mãos, as agências podem sugerir aos clientes ações de gestão de reputação para fortalecer sua imagem e até mesmo ter mais argumentos para defender suas propostas de ação.
Com a transformação digital, os formadores de opinião e influenciadores da sua marca passaram a ser stakeholders com papel-chave nas estratégias de comunicação das empresas.
Mas presos à atribulada rotina do dia a dia, muitos jornalistas de agência ainda não conseguem ter visibilidade de quem são os formadores de opinião que podem fortalecer a reputação de seus clientes.
Assim, continuam imersos em práticas antigas, que tendem a, cada vez mais, perder eficácia. Hoje não basta enviar press releases em massa. Até mesmo para oferecer uma pauta exclusiva para um determinado veículo, é preciso saber antes se, de fato, ele é o que vai gerar mais retorno para a empresa.
Quem já aderiu à parceria entre agências de Comunicação e Big Data à uma cultura data driven parece já ter superado esse problema. De forma automática, conseguem consultar e ranquear os influenciadores estratégicos para seus clientes.
Ou seja, identificam em tempo real quais são os veículos, jornalistas e produtores de conteúdo que estão contribuindo de forma positiva para a imagem da marca junto ao seu público-alvo.
Assim, ao planejar um evento de divulgação de um novo produto, por exemplo, é possível saber exatamente quais jornalistas convidar para potencializar os resultados da ação. Depois, traçar estratégias para aproximar e criar relacionamento com os profissionais da imprensa que em outras ocasiões fizeram matérias detratoras a respeito da empresa.
Com a internet e as redes sociais, multiplicaram-se os canais e meios de transmissão de notícias. Algumas estatísticas revelam a natureza dinâmica dos ambientes virtuais, que tornaram o antigo modo de clipping de notícias defasado.
Por exemplo: somente no WordPress, 70 milhões de novos blog posts surgem a cada mês.
As notícias estão em toda parte. Mas não adianta olhar somente para os veículos tradicionais e mídias sociais. Ter uma compreensão ampla e integrada da visão do público é essencial.
Dessa forma, para entender como uma marca está repercutindo, é preciso fazer o chamado monitoramento integrado de mídias. É assim que as grandes agências no mundo todo estão trazendo seus clientes para a era dos dados.
O clipping interativo, por exemplo, já é uma realidade. Hoje, nas agências tecnológicas mais avançadas, o assessor de imprensa consegue acompanhar tudo que está sendo falado sobre seus clientes em tempo real, em todas as mídias.
Outra vantagem é que, com esse monitoramento, é possível avaliar a repercussão de cada press release criado pela agência de comunicação. Assim, o gerente de contas ou o jornalista pode entender quais comunicações performaram de forma mais positiva e em quais canais.
Todas as tendências que apresentamos ao longo desse post têm algo em comum: estão dentro de um novo cenário de cultura analítica. Acabou o tempo da comunicação baseada em intuição.
Mais do que nunca, é imperativo para o RP trabalhar com métricas e números. E a cultura analítica trata justamente disso, de criar nas organizações processos que sejam orientados por dados.
A comunicação data driven não é mais um objetivo futuro para as agências, mas uma realidade que começa a ser a base de distinção das assessorias bem-sucedidas das que estão fadadas a desaparecer. Nas maiores assessorias de imprensa, o trabalho de RP já está passando por uma transição.
Métodos antigos e artesanais vão dando lugar a estratégias baseadas na análise de dados. Relatórios estáticos que olham somente para o passado são substituídos por análises com storytelling, que tornam mais estratégico o trabalho do assessor.
É um novo paradigma que não só impacta o escopo de trabalho das agências, como também afeta diretamente os profissionais de comunicação.
Para se manterem relevantes, assessores de imprensa precisarão aprender a interpretar dados e a ter um mindset atualizado à cultura analítica. É a seleção “natural” da transformação digital.
Portanto, a comunicação sofreu drásticas mudanças provocadas pela era dos dados. As agências de Comunicação não estão imunes a isso.
Diante de um novo cenário em que as informações surgem de forma abundante em diferentes canais, assessorias de imprensa que não se atualizarem ao uso de dados na comunicação tendem a perder clientes, relevância e espaço nesse mercado.
Resumidamente, a era dos dados exige que as agências sejam:
Neste contexto, uma ferramenta como o Cortex PR consegue alinhar agências de comunicação e Big Data com resultados expressivos.
A plataforma permite um monitoramento de mídias contínuo e entrega rápida de insights relevantes, poupando centenas de horas de trabalho no recolhimento de informações da empresa.
Sobre a Cortex.
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